Szymon Hołownia, debate presidencial: se o projeto de lei sobre assistência pessoal não for aprovado, sairemos da coalizão

Durante o último debate, um dos principais tópicos foi a assistência médica. O debate abordou uma ampla gama de questões: desde o financiamento do sistema de saúde, passando por questões relacionadas ao aborto, até o estado desastroso da psiquiatria na Polônia e assistência pessoal. Os candidatos apresentaram suas propostas, diferindo em suas abordagens de reformas e soluções. Aqui estão as ideias que os políticos tiveram para melhorar a situação da saúde no país.
Sławomir Mentzen, candidato da Confederação, criticou duramente o atual sistema de saúde, condenando sua ineficiência. Segundo ele, o sistema de saúde baseado no Fundo Nacional de Saúde (NFZ) é uma relíquia do passado que está funcionando cada vez pior a cada ano. Em seu discurso ele disse:
– Isso é tão importante que simplesmente precisa ser feito. É necessário introduzir fundos de seguro de saúde concorrentes. Esses tipos de sistemas são os mais eficazes e inovadores. O Fundo Nacional de Saúde está indo mal e piora a cada ano.
Por sua vez, Marek Woch, líder do Movimento de Governos Locais Não Partidários, também crítico do Fundo Nacional de Saúde, descreveu a instituição como "inconstitucional" e propôs sua simples liquidação.
Um dos tópicos mais quentes do debate, também centrado na assistência médica, foi a questão do aborto, bem como os direitos gerais das mulheres de decidir sobre seus próprios corpos. Rafał Trzaskowski, candidato da Coligação Cívica, sublinhou a importância da liberdade das mulheres na tomada de decisões relativas à sua saúde e vida:
– A Polônia está despovoando de forma dramática. Pesquisas mostram que mulheres polonesas estão desistindo da maternidade porque têm medo da lei antiaborto que ameaça suas vidas. Há um desastre demográfico que está ligado a esta lei.
Enquanto isso, Szymon Hołownia, de Trzecia Droga, chamou a atenção para a necessidade de resolver o problema dos direitos das mulheres por meio de um referendo, ressaltando que os políticos não fizeram nada sobre o assunto até agora. Em resposta a essas palavras, Sławomir Mentzen descartou tal abordagem, dizendo:
– Faz muito tempo que não ouço uma bobagem dessas de que as mulheres polonesas não querem ter filhos só porque não podem matá-los depois.
Outro tópico importante que surgiu no debate foi o declínio da psiquiatria, particularmente da psiquiatria infantil. Sobre esta questão, Rafał Trzaskowski procurou um ponto em comum com Magdalena Biejat da Esquerda e propôs uma ação conjunta:
- Estou preocupado com a crise na psiquiatria. Esse é o tipo de assunto que poderíamos abordar juntos. Aconteça o que acontecer, é claro, durante esta campanha eleitoral.
Em resposta, Biejat acusou o parceiro de coalizão de política de financiamento inadequada e lentidão na ação.
– Claro, poderíamos cuidar disso juntos, desde que vocês parem de contar histórias de que a redução dos gastos com saúde aumentará a competitividade no setor e melhorará a qualidade dos serviços médicos. Porque esta é uma das crises urgentes que precisamos enfrentar. Uma crise que afeta adultos e jovens – trovejou Biejat.
Magda Biejat, a candidata da Esquerda, destacou a situação dramática nesta área:
– A crise na psiquiatria, especialmente na psiquiatria infantil, é devastadora. O colapso vem ocorrendo há anos e é resultado de anos de negligência. Até aumentarmos o financiamento da saúde, não faremos nada a respeito.
Em resposta, Rafał Trzaskowski chamou a atenção para as ações que tomou em Varsóvia, criando uma rede de clínicas psiquiátricas:
– As ações são absolutamente necessárias, porque em Varsóvia foi criada toda uma rede de clínicas para lidar com esse problema, incluindo bolsas de estudo para médicos que escolhem essa especialização. Estou procurando o que nos une.
Em uma de suas declarações, ele também destacou que construiu o hospital do sul, bem como toda uma rede de clínicas, porque, como ele afirmou, "nós simplesmente queremos ajudar e resolver problemas, não apenas falar sobre eles".
Szymon Hołownia, por sua vez, chamou a atenção para a importância da Lei de Assistência Pessoal para a Polônia 2050. Lembremos que assistência pessoal não é cuidado, mas apoio individual que auxilia pessoas com deficiência no funcionamento diário. Ela permite que eles tenham uma vida social, educacional e profissional ativa, e que seus entes queridos retornem ao trabalho. A falta de regulamentação nacional significa que o acesso a esses serviços depende do local de residência, o que aprofunda as desigualdades e limita a independência de muitas pessoas.
– Lutaremos por assistência pessoal, mesmo que o Ministro das Finanças esteja bloqueando esse projeto de lei – anunciou Szymon Hołownia durante o debate. E ele ameaçou que se o projeto não fosse aprovado, sua formação "abandonaria" a coalizão governista.
Veja também:Vários conceitos surgiram no contexto do financiamento da assistência médica. Adrian Zandberg, do partido Razem, pediu a alocação de 8%. PIB para assistência médica, o que ajudaria a resolver os problemas fundamentais do sistema. Por sua vez, Artur Bartoszewicz afirmou que simplesmente mudar o nível de gastos com saúde não será suficiente, a menos que uma reforma profunda do sistema seja realizada.
Magdalena Biejat, representante da esquerda, propôs um plano específico para mudar o financiamento do sistema de saúde:
– À esquerda, temos um plano específico para eliminar a contribuição para o seguro de saúde e substituí-la por um imposto de saúde uniforme, graças ao qual todos contribuirão para o sistema de saúde de acordo com suas capacidades.
No entanto, Rafał Trzaskowski, reagindo a essas propostas, enfatizou o papel das reformas dos hospitais públicos, apontando suas conquistas em Varsóvia, onde conseguiu encontrar fundos para reformas hospitalares e compra de equipamentos médicos.
No contexto da política de saúde, o tema da demografia também surgiu. Trzaskowski destacou que a solução para a catástrofe demográfica é garantir uma sensação de segurança para as mulheres:
– Claro que a maternidade e a paternidade são lindas, mas a verdade é que as mulheres precisam se sentir seguras primeiro. Se não decidirem sobre suas vidas e saúde, não se sentirão seguros.
Sua declaração foi recebida com forte oposição de Karol Nawrocki, do PiS, que destacou a necessidade de retornar aos valores que promovem a vida e apoiam as famílias polonesas.
Atualizado: 13/05/2025 13:58
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