Dordonha: encontros culinários nômades cercados de obras de arte

Aos 9 anos, ela descobriu o livro de Paul Bocuse, "La Cuisine du marché", que "permaneceu como sua bíblia". Sem os ingredientes necessários, ela improvisou, sem medo de errar. "Eu sempre comia o que eu mesma fazia, então eu sabia como melhorar", diz ela, divertida. Igualmente influenciada por suas distantes raízes italianas e pela criação vietnamita, sua culinária é imbuída de vegetais, especiarias, ervas e flores.

À medida que o caráter da grandiosa residência de Lanouaille se revelava gradualmente, ela queria compartilhar a magia do lugar, que se tornara uma vitrine para suas inspirações e, claro, para as criações do homem que ela chama de "parceiro", que trabalha em seu estúdio a poucos passos de distância. Uma dupla que ela descreve como "criativa e moderna", que quer estar "ancorada em seu tempo, movida pelo desejo de uma conexão verdadeira".

Outros artistas serão convidados. Uma encruzilhada, um lugar de troca, uma "casa de artista" que ela quer que seja fora do tempo e do frenesi das redes sociais. Uma ideia atraente que ela não descarta "transformar" em Paris ou outros locais excepcionais do Périgord e dar vida a um modelo associativo, no estilo de um "clube inglês", já apelidado de "MUSE-J, Maison d'artistes, chef nômade".

Um ensaio entre amigos no início de abril será transformado a partir do primeiro fim de semana de julho, por ocasião da Feira do Livro de Lanouaille. "Das 11h às 18h30, poderemos saborear um prato saboroso ou doces, chá e outras bebidas." Jantares seguirão, mediante reserva, às quintas-feiras, 10 e 17 de julho, e às sextas-feiras, 11 e 18 de julho, e novamente no início de agosto. Lá, Julia Jacqueminet poderá expressar seus talentos como chef, com "vinhos naturais e alternativas sem álcool, incluindo um kombucha local feito perto de Thiviers".

Além das obras de Xavier Lenormand, estarão em exposição pinturas de Monif Ajaj, o artista sírio que também pode ser visto no Château de Campagne neste verão.