COP30 em Belém: “Motéis do amor” e navios de cruzeiro vão receber delegações
Com quase 50.000 participantes previstos para a Conferência Mundial do Clima, daqui a três meses, o aumento das tarifas de hotéis ameaça limitar o número de visitantes de alguns países. Diante da escassez de leitos, a cidade amazônica está improvisando soluções.
Um bar de pole dance aos pés da cama, papel de parede com estampa de oncinha, um teto coberto de espelhos e uma jacuzzi vermelha em formato de coração… Normalmente, os quartos dos motéis brasileiros, cobrados por hora, são palco de encontros românticos, reencontros entre amantes apaixonados ou ligações clandestinas.
Mas, como a escassez de moradias populares ameaça complicar a hospedagem dos participantes da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP30), patrocinada pela ONU, de 10 a 21 de novembro em Belém, capital do estado amazônico do Pará, esses estabelecimentos estão se organizando para compensar a falta de espaço reformando boa parte de seus 2.500 quartos, relata o The New York Times .
“Não é a primeira vez que uma situação de emergência obriga os motéis brasileiros a se adaptarem a uma clientela diferente”, relembra a manchete, citando as reformas para a Copa do Mundo FIFA de 2014 e as Olimpíadas do Rio de 2016.
Mas este ano, em Belém, os proprietários estão mirando “um tipo diferente de clientela, que vem a negócios e não a lazer” e estão tentando tornar seus estabelecimentos “um pouco menos atraentes”. Camas circulares estão sendo substituídas por modelos clássicos e pinturas sugestivas estão sendo removidas das paredes. Apenas o
Courrier International