Os russos foram ensinados a reconhecer pessoas tóxicas

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Pessoas propensas a comportamentos tóxicos são como um veneno de ação lenta: aparentemente inofensivas, elas envenenam gradualmente o estado mental das pessoas ao seu redor com suas palavras e ações, compartilhou suas observações a psicóloga e professora do Instituto de Psicologia de Moscou, Elizaveta Lazareva.
O especialista identificou os principais sinais de influência destrutiva e métodos de resistência à manipulação. Como observou o psicólogo, a interação com esses indivíduos deixa um rastro emocional doloroso: ansiedade, exaustão, sentimentos infundados de culpa ou irritação opressiva. Lazareva recomenda analisar seu ambiente, prestando atenção àqueles cuja presença sistematicamente causa dissonância interna.
Entre os marcadores de toxicidade, a psicóloga identificou vários padrões estáveis. A principal delas, ela disse, era a percepção da realidade através do prisma das cores escuras. Nos diálogos com “envenenadores emocionais”, temas pessimistas dominam, a ênfase muda para os fracassos e quaisquer aspectos positivos são deliberadamente abafados ou negados, relata o Lenta.ru.
Outra característica marcante de Lazarev é seu sarcasmo, que mascara sua incapacidade de ter humor sincero. Em vez de um riso unificador que cria uma atmosfera de confiança, esses indivíduos cultivam o ridículo cáustico. Seus gracejos muitas vezes humilham seus interlocutores, mas qualquer ironia em resposta é percebida como um insulto pessoal.
O especialista nomeou a desconfiança hipertrofiada como uma manifestação típica de toxicidade. Personalidades destrutivas tendem a procurar intenções ocultas em ações neutras, a atribuir seus próprios fracassos às maquinações de outros, a nutrir queixas imaginárias por anos, mesmo quando não há pré-requisitos para conflito.
Segundo a psicóloga, as técnicas de manipulação representam um perigo particular. “Eles são mestres em manipular emoções para atingir seus objetivos. Conscientemente ou não, eles evocam com maestria sentimentos de culpa ou ataques de compaixão. O objetivo final é subjugar a vontade de outra pessoa, transformar a pessoa em uma ferramenta obediente”, explicou o especialista.
Uma característica das personalidades tóxicas é a subestimação da importância das conquistas dos outros e a hipocrisia: a simpatia demonstrada no contato pessoal é substituída por calúnias pelas costas.
“Pessoas tóxicas reúnem em torno de si uma ‘comitiva’ – pessoas que as apoiam e resolvem seus problemas. Elas tecem uma rede de dependência na qual aqueles ao seu redor se tornam doadores emocionais. Elas também usam a posição de vítima. Pessoas tóxicas sempre sofrem. Isso as ajuda a despertar a pena dos outros e a evitar responsabilidades”, acrescentou o especialista.
Para se proteger contra influências destrutivas, Lazareva aconselha construir barreiras psicológicas: definir limites claros de comunicação, evitar envolvimento em jogos de manipulação, resistir à pressão por meio de culpa ou falsa compaixão. Se o contato causar rejeição, a solução ideal é reduzir gradualmente a interação ao nível mínimo.
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mk.ru