Seguros de saúde: preços subiram 40% em cinco anos e tendência mantém-se em 2026

Os preços dos seguros de saúde subiram 40% em cinco anos e a perspectiva é que continuem a subir a partir de janeiro, de acordo com notícia avançada esta sexta-feira pelo “Jornal de Notícias”.
O “JN” destaca que, desde 2000, o preço médio das apólices por pessoa subiu quase 41%. Assim, o prémio anual subiu de 297 euros para 418 euros, de acordo com os cálculos do jornal diário.
Para 2026, a tendência não será invertida já que o aumento dos custos dos cuidados médicos e a maior utilização dos serviços de saúde privados são razões apontadas para a subida do preço destes seguros de saúde já a partir de janeiro.
Estima-se que haja um aumento do preço em 10% e que o valor anual do prémio possa encarecer 40 euros no próximo ano. Em Portugal, estima-se que mais de quatro milhões de pessoas já tenham optado por este tipo de proteção.
Os aumentos nos preços dos seguros de saúde, que podem situar-se entre 7% e 10%, pode fazer com que estes produtos se tornem incomportáveis para o consumidor. A reflexão foi deixada no passado sábado por Gabriel Bernardino, presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões em entrevista ao programa “Conversa Capital”, dinamizado pela “Antena 1” e “Jornal de Negócios”.
Para este responsável, os aumentos que se têm registado estão diretamente relacionados com a inflação médica que se repercute nos custos e no preço, mas Gabriel Bernardino admite estar preocupado com o futuro.
Gabriel Bernardino refere que se a trajetória continuar, como aliás já foi admitido pelo sector com aumentos entre os 7 e os 10 por cento, isso pode levar a que os custos se tornem incomportáveis para o consumidor. E o que fazer para reduzir para esses custos? O presidente da ASF fala de uma possível redução de benefícios ou algo que resulte num equilíbrio entre todos os envolvidos.
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