Governo: Solução para problema da habitação passa por mais habitação social

«Os preços cresceram e vão continuar a crescer. Não há solução para o problema da habitação sem mais habitação pública. Mas não se constrói de um dia para o outro», disse ontem Miguel Pinto Luz, frisando que este é um problema de todos, municípios e Estado.
O governante falava na Cimeira da Grande Lisboa, promovida pela SIC Notícias.
Na sua intervenção, o ministro defendeu que este é «um problema que todos abraçaram de frente, mas que demora tempo a estar concluído».
«Aqui, as câmaras disseram presente. Aqui podiam fazer mais habitação e decidiram fazer e o Estado tem de estar agradecido por isso e garantir o financiamento dessa habitação (social)», afirmou.
Referindo-se à questão das demolições no Talude Militar, em Loures, no distrito de Lisboa, Miguel Pinto Luz alertou que «este problema não é só de Loures para já» e que o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) «tem terrenos onde se constroem barracas todos os dias».
O governante assegurou que o governo está a «acompanhar de perto» este problema em Loures e disse que não aponta «o dedo a quem construiu porque tinha de ter onde viver», nem a quem está a tentar resolver o problema.
«Temos é de olhar para os dois interesses e encontrar soluções para essas famílias», afirmou, ressalvando que não se pode voltar à Área Metropolitana de Lisboa dos anos 80, quando proliferavam bairros de barracas, entretanto erradicadas pelo Plano Especial de Realojamento (PER).
Frisando que «Loures não está sozinha», o ministro das Infraestruturas e Habitação admitiu que «não há ninguém que não se comova com quem não tem uma casa para passar a noite», mas afirmou que não podem permitir que continuem a surgir bairros de casas precárias.
Foto: Bruno Filipe Pires
Barlavento