Viagens de luxo, subsídios duvidosos: em Marselha, a presidente de Bouches-du-Rhône, Martine Vassal, é alvo de um inquérito preliminar por corrupção

Martine Vassal, presidente de direita do departamento de Bouches-du-Rhône, é alvo de uma investigação preliminar por peculato, tráfico de influência e corrupção, segundo informações da AFP na quarta-feira, 27 de agosto, confirmando uma reportagem do veículo de comunicação de Marselha, Marsactu. A autoridade eleita nega as acusações.
O Ministério Público abriu uma investigação preliminar após o relatório de um alto funcionário, Erwan Davoux, nos termos do Artigo 40 do Código de Processo Penal.
Este ex-diretor de relações internacionais do departamento de Bouches-du-Rhône acusa Martine Vassal de viagens oficiais "caras" a Roma, Nova York e Armênia em 2022 e 2024, bem como de subsídios "clientelistas" concedidos a associações das comunidades judaica e armênia de Marselha, acusações reveladas em uma investigação do Nouvel Obs .
Uma segunda investigação foi aberta, informou o Ministério Público, visando o próprio Erwan Davoux, por acusações de "chantagem e incitação ao ódio" por Martine Vassal contra ele. A presidente da região metropolitana denunciou "crimes imaginários" contra pessoas desconhecidas, acrescentando que se recusou a "pagar quase € 300.000 de indenização ao Sr. Davoux".
O Sr. Davoux também denunciou o relacionamento entre Martine Vassal e seu chefe de gabinete, Marc Jolibois, alegando que "a lei de sigilo na vida política proíbe incluir o marido, companheiro ou parceira entre os membros do gabinete", explicou ele à AFP.
Acusação contestada pelo advogado que defende os interesses do departamento, Pierre Bruno: "Nenhuma disposição legal foi prejudicada por esta nomeação, uma vez que a presidente não é casada, nem vive em união estável, nem é concubina de nenhum membro de seu gabinete", garantiu à agência de notícias.
Ele acrescentou que Erwan Davoux era "responsável pela organização das viagens que denuncia hoje". "Ele está em conflito com o departamento", cujo contrato terminou em 31 de janeiro, após três anos de colaboração, durante os quais não "se dava bem com os eleitos e com o seu departamento", segundo o Sr. Bruno. Martine Vassal, que deverá representar a direita na prefeitura de Marselha nas eleições municipais do próximo ano, denunciou uma manobra política. "Política para prejudicar um potencial candidato a prefeito de Marselha não autoriza tudo", escreveu ela no X.
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