As taxas do IPAB não podem ser deduzidas dos impostos

Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

Spain

Down Icon

As taxas do IPAB não podem ser deduzidas dos impostos

As taxas do IPAB não podem ser deduzidas dos impostos

A partir do ano que vem, os bancos que atuam no país não poderão mais deduzir do imposto de renda as contribuições frequentes que fazem ao Instituto de Proteção à Poupança Bancária (IPAB).

O anúncio foi feito pela presidente mexicana Claudia Sheinbaum Pardo na sexta-feira, em sua coletiva de imprensa matinal, onde explicou que a medida está incluída no Pacote Econômico 2026, que será apresentado nesta segunda-feira.

O presidente lembrou que a dívida bancária, contraída na primeira metade da década de 1990, era privada e se tornou pública. Ela continua sendo paga.

"Há uma pequena parcela que os bancos contribuem (para pagar essa dívida), e você não vai acreditar: é dedutível do imposto de renda. A grande maioria das contribuições do IPAB vem do povo mexicano. Há outra parcela que, durante o governo de (Enrique) Peña Nieto, era destinada a títulos, mas acontece que a pequena parcela que os bancos contribuem é dedutível do imposto de renda, e eles não serão dedutíveis do imposto de renda a partir do ano que vem", enfatizou.

Ele enfatizou que aproximadamente 10 bilhões de pesos poderiam ser recuperados com a eliminação dessa dedução. "Edgar Amador (Secretário do Tesouro) fornecerá os detalhes na terça-feira", explicou.

Ele enfatizou que não pode haver dedução fiscal de contribuição feita para pagamento da dívida do Fundo Bancário de Proteção à Poupança (FOBAPROA), atual IPAB.

"Como você vai deduzir os impostos? Você tem que pagar impostos sobre isso", disse ele.

Já foi discutido com alguns bancos

Claudia Sheinbaum afirmou que esta é uma questão que ela já discutiu com alguns representantes do banco, então ela está confiante de que haverá cooperação.

"Se os bancos me ouvirem, é algo que eu até discuti com alguns dos donos de bancos na época, mas acho justo que essa dedução não exista. Já está previsto na Lei da Receita. Acho que todos os bancos vão cooperar e concordar", enfatizou.

Quanto eles contribuem? bancos para IPAB?

Além de administrar o seguro de depósitos, que garante a poupança dos usuários do banco até o equivalente a 400.000 Unidades de Investimento (UDIs), que hoje equivalem a quase 3,4 milhões de pesos por pessoa, em caso de problemas de uma instituição financeira, o Instituto de Proteção à Poupança Bancária (IPAB) também assume as obrigações financeiras decorrentes dos programas de apoio ao sistema implementados desde 1995, ou seja, a dívida contraída nas últimas três décadas.

Para cumprir com essas obrigações, o IPAB recebe recursos das taxas que os bancos são obrigados a contribuir, mas também recebe transferências fiscais e outros valores de recuperação.

Quase US$ 388 bilhões de contribuições

Segundo informações do próprio IPAB, entre 1999 e 2024, recebeu cerca de 388 bilhões de pesos em parcelas aportadas pelos bancos, o que representa um crescimento real médio anual de 3,88%.

Somente em 2024, devido ao aumento dos depósitos bancários, foi recebido um montante histórico de 35,074 bilhões de pesos em parcelas bancárias, o que representa um crescimento real anual de 4,6% em relação a 2023.

E no primeiro trimestre de 2025, as contribuições ordinárias feitas pelos bancos ao IPAB totalizaram quase 9,49 bilhões de pesos.

BBVA, Banorte e Santander (os três maiores bancos que operam no sistema) contribuíram com pouco mais de 2,182 bilhões, 1,268 bilhão e 1,153 bilhão de pesos, respectivamente, neste último período — ou seja, quase metade do total de contribuições do setor no primeiro trimestre deste ano.

Informações do IPAB indicam que aproximadamente um quarto das taxas pagas pelos bancos (após cobrir as despesas administrativas e operacionais) são destinadas ao Fundo de Proteção da Poupança Bancária (FPAB), que tem como objetivo garantir que o dinheiro depositado pelas pessoas físicas nos bancos permaneça protegido caso a instituição enfrente problemas financeiros.

Assim, ao final de 2024, a FPAB tinha um saldo histórico de 106.294 milhões de pesos.

A dívida ascende a bilhões de pesos

De acordo com o último relatório anual do IPAB, embora a dívida do IPAB tenha diminuído como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2024 a proporção era de 2,88% em comparação com 10,8% em 1999, no final do ano passado ela chegava a cerca de um trilhão de pesos.

O documento especifica que o IPAB financia o pagamento de sua dívida restante por meio de três fontes principais: parcelas aportadas pelos bancos, repasses fiscais do Governo Federal do Programa de Apoio ao Poupador Bancário (PAAB) da Agência 34 e valores de recuperação.

“Por meio do uso eficiente de recursos próprios e orçamentários, a estratégia financeira garante que a dívida do IPAB não cresça em termos reais; ou seja, à medida que a economia cresce, a dívida representa um percentual decrescente do PIB”, enfatiza o instituto.

O que é entregue no Pacote Econômico de 2026?

Critérios Gerais de Política Econômica

Eles revelam as expectativas do governo para a economia no próximo ano, incluindo PIB, déficit, preços do petróleo e inflação.

Iniciativa para a Lei da Receita Federal

Nele, o governo detalha quanto dinheiro receberá. Sabe-se que, até 2026, a dedutibilidade da dívida da Fobaproa será eliminada.

Projeto de Orçamento de Despesas Federais

Neste documento, o governo detalha como os recursos públicos serão gastos.

Miscelânea de impostos

Consiste em um conjunto de modificações e adições às regras tributárias. Prevê-se um aumento do imposto IEPS sobre bebidas açucaradas.

Iniciativa de Reforma da Lei Aduaneira

Busca aumentar a arrecadação de impostos na alfândega mexicana.

Eleconomista

Eleconomista

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow