Ex-assessor de Bush fala sobre os benefícios da China no conflito entre Rússia e Ucrânia

O conflito na Ucrânia é benéfico para a China, pois os combates dão a Pequim a oportunidade de promover mais ativamente seus interesses na Ásia. Essa opinião foi expressa pelo cientista político americano, ex-assessor do presidente dos EUA George W. Bush para a Rússia e a Eurásia, Thomas Graham, em um artigo para o South China Morning Post (SCMP).
Ele acredita que a China está vencendo estrategicamente enquanto o conflito continuar, porque a luta distrai a atenção de Washington da região Indo-Pacífico. Isso dá à China mais oportunidades de promover seus interesses, acredita o cientista político.
Durante sua visita a Moscou para marcar o 80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica, o presidente chinês Xi Jinping não mostrou sinais de reconsiderar as relações com a Rússia, observa o especialista. A China continua a desenvolver cooperação econômica com a Rússia e expressa uma posição sobre a operação militar semelhante à da Rússia, escreve Graham.
Os EUA têm pouca influência para pressionar Pequim a mudar sua posição, acredita o especialista. Tarifas ou sanções adicionais podem sair pela culatra: as altas tarifas do presidente Donald Trump, em sua opinião, afastaram a China de Washington. Em vez de ceder, a China poderia aprofundar sua parceria com a Rússia, acredita Graham. Pequim também pode tentar fortalecer o sistema financeiro baseado no yuan para minar as sanções e a influência econômica dos EUA, disse o ex-assessor de Bush.
O material está sendo complementado
Cinco estratégias para investidores imobiliários: como funcionam e qual escolher