Deputados do PS questionam Governo sobre ausência de um plano plurianual de dragagens no Algarve

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Deputados do PS questionam Governo sobre ausência de um plano plurianual de dragagens no Algarve

Deputados do PS questionam Governo sobre ausência de um plano plurianual de dragagens no Algarve

Os deputados do Partido Socialista eleitos pelo distrito de Faro, Luís Graça e Jorge Botelho, questionaram o Governo sobre a não implementação do Plano Plurianual de Dragagens, previsto para o Algarve no Orçamento de Estado de 2024, que exige a necessária manutenção das barras e canais de navegação na região, como acontece nos portos do Norte do país.

Numa pergunta dirigida ao Ministério do Ambiente e Energia, os parlamentares socialistas destacam que a pesca marítima e artesanal continua a ser uma das atividades económicas “mais tradicionais” de afirmação e promoção do Algarve, lembrando que esta atividade é “um dos braços mais tradicionais da economia do nosso mar algarvio”, com 2.268 pescadores matriculados e um total de 878 embarcações licenciadas em 2022. Para esta atividade, “a garantia de condições de segurança nas barras e nos canais de navegação é um dos aspetos cruciais”.

Para isso, em zonas de forte erosão costeira como o Algarve e em áreas de intensa acumulação de sedimentos, como a Ria Formosa e a Ria de Alvor, “a regularidade das dragagens é a única forma de manter os canais navegáveis, portos e áreas costeiras acessíveis para as atividades marítimas e praias e zonas balneares com areia suficiente para todos os que procuram o sul do país para férias e lazer”.

“Por estes motivos, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista, em particular os deputados eleitos pelo distrito de Faro, vêm defendendo a necessidade de o governo prever, ao nível do Orçamento de Estado, um plano plurianual de dragagens que garantam a necessidade de manutenção das barras e canais de navegação na região”, lembra-se na pergunta ao Governo, também subscrita pelos deputados do PS na Comissão de Ambiente e Energia.

Os socialistas algarvios registaram ainda que “esta ambição foi transposta pelo governo do Partido Socialista para a Lei do Orçamento de Estado de 2024, que prevê a execução de um Plano Plurianual de Dragagens para o Algarve 2024-2026, num investimento global de cerca de 8,5 milhões de euros”.

Apesar de previsto no Orçamento do Estado desde 2024, e da “importância indiscutível das dragagens para a economia do mar”, sublinha-se que “nenhuma das instruções previstas pela DGRM foi realizada”.

Tendo sido conhecida, no início de julho, a adjudicação de um conjunto de dragagens nos portos no norte do país no valor de 6,4 milhões de euros, os parlamentares do PS denunciam que “nada se sabe sobre a execução do que estava programado para o Algarve, onde estão registadas várias barras com forte assoreamento colocado em perigo a navegação, a segurança das pessoas e das atividades económicas”.

Luís Graça e Jorge Botelho querem, por isso, saber “qual a razão para que o Plano Plurianual de Dragagens não esteja a ser implementado no Algarve”, assim como quando prevê o Governo a adjudicação das dragagens previstas, “um exemplo do que fez para os portos do Norte do país”.

Jornal do Algarve

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