O cessar-fogo de Putin

Putin tem a sua própria ideia de cessar-fogo. E é tudo menos séria. Disparou cem drones sobre a Ucrânia. Outros tantos estão a caminho. Isto não é cessar, é provocar.
Fala-se em negociações. Com Zelensky. Na Turquia. Talvez com Trump pelo meio. Mas Putin hesita. Porque falar com Zelensky é reconhecer que ele é o presidente legítimo da Ucrânia. E isso, para o Kremlin, ainda custa.
Putin vive uma ilusão. Acha-se imperador de um império que já não existe. Acreditava ter um exército poderoso, com tecnologia de topo. Três anos depois, tem milhares de mortos às costas. E nenhuma vitória.
Está encurralado. Não tem saída. Nem honra. A “operação especial” foi um erro histórico. Mas a sua obsessão não o deixa recuar. Nem avançar. Fala, depois cala-se. Ataca, depois recua. Cessa, depois volta a disparar.
Se Trump entrar em cena esta semana, tudo muda. As cartas voltam à mesa. E o baralho vira-se do avesso.
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Visao