Com ajuda da base do governo, oposição protocola CPMI sobre fraudes no INSS

Metade das assinaturas veio da base do governo. Membros de partidos que têm ministérios na gestão de Lula assinam o requerimento, incluindo 39 parlamentares do União Brasil, 28 do PP, 24 do Republicanos, 20 do PSD e 15 do MDB.
A lista inclui seis parlamentares do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Assinam o requerimento os deputados Heitor Schuch (RS), Tabata Amaral (SP), Luciano Ducci (PR), Duarte Jr. (PSB), e os senadores Flávio Arns (PR) e Chico Rodrigues (RR).
Nenhum parlamentar do PT ou do PSOL assinou. Como o UOL mostrou, uma ala do PT defendeu apoiar a instauração da CPMI para tentar rebater o discurso bolsonarista, mas o Planalto foi contra. No Congresso, petistas e base já começaram a preparar um dossiê sobre o esquema durante os governos anteriores.
Na semana passada, a oposição também protocolou um pedido de CPI sobre o INSS na Câmara. A medida enfrenta resistência do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), que ainda não instalou nenhuma comissão desde que assumiu o cargo, em fevereiro.
Iniciativa acontece após operação da PF. A investigação revelou um golpe de R$ 6,3 bilhões em descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A confiança da população no sistema previdenciário e nas instituições públicas depende da resposta efetiva a casos de corrupção e fraude. A apuração rigorosa dos fatos, com transparência e punição exemplar, é crucial para restaurar a credibilidade do INSS e do Estado brasileiro perante seus cidadãos.Trecho do pedido de abertura de CPMI no Congresso
uol