Morreu o ator Luís Lucas, aos 73 anos

A Academia Portuguesa de Cinema (APC) lamentou este domingo, 24, a morte do ator Luís Lucas, que “deixa um legado inestimável para o teatro, o cinema e a televisão em Portugal”. Nascido em Lisboa a 16 de junho de 1952, ao longo de mais de quatro décadas de carreira, “Luís Lucas construiu uma obra sólida e diversa, deixando uma marca indelével no panorama artístico português”, escreve a academia, numa publicação na rede social Facebook, sublinhando que “colegas e público recordarão sempre a sua generosidade, humor, a seriedade profissional e a capacidade de transitar, com igual excelência, entre o drama mais denso e a comédia mais leve”.
O ator de 73 anos teve uma vasta carreira no teatro, tendo sido um dos fundadores do grupo A Comuna, ainda antes do 25 de Abril de 1974, e trabalhado em outras companhias como a Cornucópia, Cómicos ou o Teatro da Graça.
Na televisão, emprestou a voz ao narrador da série da RTP “Conta-me Como Foi”, além de participações de corpo inteiro em “Duarte & Companhia”, “Médico de Família”, “Jornalistas”, “Perfeito Coração” ou “Equador”, entre muitas outras séries ou telenovelas.
No grande ecrã, fez parte do elenco de filmes como “Non ou a Vã Glória de Mandar” (1990), Camarate (2001), A Passagem da Noite (2002), Sombras Brancas (2023) ou outros mais antigos como Alexandre e Rosa (1978), Dina e Django (1981), Um Adeus Português (1985) ou Tempos Difíceis (1988).
“A sua voz e talento também se estenderam à dobragem e locução, participando em inúmeros projetos de animação, séries e publicidade, com uma entrega sempre reconhecível”, destaca a APC, falando no desaparecimento de “um dos maiores intérpretes da nossa cena artística”, cujo “trabalho ímpar continuará a inspirar atores, realizadores e espectadores”.
De acordo com o jornal Público, Luís Lucas foi vítima de um enfarte.
Visao