Menos alunos na universidade, os cursos com notas de entrada acima dos 18 valores e a exceção no topo da escala

O curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Porto voltou a destacar-se, pelo segundo ano consecutivo, como o que exigiu a nota mais alta aos alunos, na primeira fase de acesso ao Ensino Superior público. Com 30 vagas disponíveis, a última ficou para um estudante com média de 19,43 valores, o que faz desta escolha caso único no Concurso Nacional para o ano letivo 2025/2026.
Outros 13 cursos, porém, obrigaram o último candidato a garantir a entrada a tirar notas acima dos 18 valores, cinco dos quais de Medicina. A saber: na Faculdade de Medicina (18,53) e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (18,47), ambos da Universidade do Porto, na Universidade do Minho (18,35), na de Aveiro (18,28) e ainda na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (18,03).
Entre os restantes, domina a Engenharia Aeroespacial, com mais três presenças, casos da Universidade do Minho (18,85), do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (18,5) e da Universidade de Aveiro (18,28), seguida da Matemática Aplicada à Economia e à Gestão, em português (18,51) e em inglês (18,39), ambos no ISEG, em Lisboa. Acrescem Bioengenharia (18) e Engenharia e Gestão Industrial (18,65), na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, e Engenharia de Sistemas Informáticos (regime pós-laboral), na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (18,95, a segunda mais alta de todas), e fica completa a listagem dos 14 cursos com melhores notas de acesso.
No plano oposto, as piores médias de entrada na universidade verificaram-se no curso de Contabilidade e Fiscalidade, na Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém (9,55), e na licenciatura em Gestão da Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (9,6), as únicas que ficaram abaixo dos dez valores.
Em relação ao total de alunos colocados, um pouco abaixo dos 44 mil, regista-se uma quebra na ordem dos 12%, que representa cerca de seis mil alunos, na comparação com o período homólogo anterior. O número de candidatos, 48.718, também já era o mais baixo da década, 16% a menos do que no ano passado, não sendo por isso uma surpresa a entrada de menos alunos nem tão-pouco a quantidade de vagas sobrantes para a segunda fase, a rondar as 11 500, o que mais do que duplica as do ano letivo de 2024/2025.
Os resultados das colocações podem ser consultados neste link da página da internet do Ministério da Educação, Ciência e Inovação.
Visao