Lula compara suas vitórias eleitorais no Brasil à revolução chinesa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou suas vitórias eleitorais no Brasil à revolução comunista chinesa de 1949, em que tanto ele como o Partido Comunista da China tiveram como prioridade a melhoria da qualidade de vida das populações mais pobres dos países.
A comparação foi feita ao final de um fórum com empresários nesta segunda (12) que anunciou um investimento de R$ 27 bilhões da China no Brasil, em setores como tecnologia, comunicação, saúde, energias renováveis e agronegócio.
“É a única razão que eu acredito que valeu a pena a revolução chinesa de 1949. O que valeu nossas eleições no Brasil é provar que quando um governo tem compromissos sociais e não esquece as origens daqueles que chegaram ao poder e querem governar para todos, as coisas melhoram”, declarou Lula.
Lula afirma que o Partido Comunista da China tirou 800 milhões de chineses da pobreza nos últimos 40 anos, enquanto que seus governos no Brasil teriam sido responsáveis por retirar 54 milhões de brasileiros da miséria em cerca de uma década.
“São dois países que têm o compromisso de resolver o problema da pobreza que martelou a vida desses países por muito tempo. É notável que a China tirou em 40 anos 800 milhões de pessoas da pobreza, como é notável que o Brasil em 10 anos tirou 54 milhões de pessoas que passavam fome no meu país”, afirmou o presidente.
Lula também relembrou o histórico de aproximação diplomática entre os dois países, ressaltando que, ainda em seu primeiro mandato, foi o primeiro líder mundial a reconhecer oficialmente a China como uma economia de mercado, atendendo a um pedido do governo chinês.
Ao longo do evento empresarial, o presidente reforçou a importância da parceria estratégica sino-brasileira e celebrou os avanços recentes nas relações bilaterais – ao contrário das medidas protecionistas, segundo ressaltou.
“A China tem sido tratada, muitas vezes, como se fosse uma inimiga do comércio mundial, quando, na verdade, está se comportando como um exemplo de país que está tentando fazer negócio com os países que foram esquecidos durante os últimos 30 anos por muitos outros países”, pontuou.
A visita oficial à China começou na noite do último sábado (10), com compromissos oficiais apenas a partir desta segunda (12). Na terça (13) ele se reunirá com o presidente Xi Jinping para agradecer a parceria entre os dois países.
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