Alta de vírus respiratórios exige atenção; veja como se prevenir

A vacina contra influenza deve ser aplicada anualmente, porque o vírus sofre mutações e os imunizantes são atualizados conforme as cepas em circulação. "Além disso, a imunidade resultante da vacina dura, em média, de seis a 12 meses. Por isso é preciso se vacinar todo ano, no outono", orienta a infectologista.
Em 2025, a campanha nacional de vacinação do Ministério da Saúde começou no dia 7 de abril, voltada para grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, idosos com 60 anos ou mais, povos indígenas, população quilombola e pessoas em situação de rua.
Já no caso do VSR, está disponível na rede pública o palivizumabe (Astrazeneca), anticorpo que previne formas graves de infecção em bebês de alto risco. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), as doses podem ser aplicadas gratuitamente em prematuros que nasceram com idade gestacional de até 28 semanas e seis dias, no primeiro ano de vida; e em bebês com displasia broncopulmonar ou cardiopatia congênita com repercussão, independentemente de idade gestacional ao nascer, até os 2 anos de idade.
Na rede privada, há duas vacinas disponíveis: a Arexvy (GSK), específica para idosos, e a Abrysvo (Pfizer), destinada a idosos, adultos com comorbidades e gestantes. Ela induz uma resposta imunológica na mãe, de modo que os anticorpos são transferidos ao feto ainda na gravidez. Ela foi aprovada para uso entre 24 e 36 semanas de gestação — para fazer efeito, deve ser tomada no mínimo duas semanas antes do parto.
O imunizante para gestantes, assim como um anticorpo monoclonal chamado nirsevimabe (Sanofi), recomendado para bebês e crianças até 2 anos com comorbidades, foram incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS) no início de 2025, mas só devem estar disponíveis na rede pública no segundo semestre. Na rede particular, o tratamento já é comercializado.
uol