Dezesseis feridas profundas: novos fatos sobre o caso do cachorro cujo dono queria sacrificar

"O cão tinha um espinho cravado no pescoço: 16 feridas profundas, cada uma com 1,5 cm de comprimento. Ele também tinha um enorme inchaço na nuca, de onde escorria pus. O estado das feridas indica que o cão sofreu assim por pelo menos várias semanas", relata o Abrigo de Animais Sem-teto em Szczecin. Foto: Abrigo de Animais Sem-teto
Um novo capítulo na história chocante de um American Staffordshire Terrier de 2 anos cujo dono primeiro quis sacrificá-lo e depois o abandonou. "Isso revela abuso e sofrimento que ninguém deveria ter que passar", afirmam os cuidadores do Abrigo de Animais de Szczecin, compartilhando fotos do cão com 16 feridas profundas causadas por uma coleira com espinhos que se cravara em seu pescoço.
Na semana passada, o público ficou chocado com o caso de um cão jovem cujos donos exigiram a eutanásia. Alegaram que o animal havia mordido o dono. O veterinário recusou a eutanásia, não encontrando justificativa médica para o procedimento. O dono de 26 anos decidiu então se livrar do American Staffordshire Terrier. Primeiro, ele ligou para as autoridades, alegando que havia um cão de rua na área de Dąbie. Depois de algum tempo, porém, ele levou o American Staffordshire Terrier para o abrigo de animais, onde forneceu aos funcionários informações falsas sobre a origem do animal. E, na prática, abandonou o cão.
O abandono também é uma forma de abuso animal, que - de acordo com a Lei de Proteção Animal - é punível com até 3 anos de prisão.
"As provas reunidas permitiram que o homem fosse acusado de crueldade contra animais. O suspeito se declarou inocente e se recusou a fornecer qualquer explicação", informou a polícia de Szczecin.
No entanto, a situação jurídica do jovem de 26 anos mudou radicalmente quando novos fatos do caso vieram à tona.
"Descobrimos que o cão tinha uma coleira com pontas cravada no pescoço: 16 feridas profundas, cada uma com 1,5 cm de comprimento. Ele também tinha um inchaço enorme no pescoço, com pus. O estado das feridas indica que o cão estava sofrendo há pelo menos várias semanas", relata o Abrigo de Animais de Szczecin. "Tivemos que sedar o cão para remover a coleira com pontas e limpar as feridas. Agora, ele não pode usar nada no pescoço por várias semanas. Ele está tomando analgésicos e antibióticos."
"O cachorro sofreu uma dor excruciante. Quando alguém prendeu uma guia na coleira com pontas, os ferimentos se agravaram. Ninguém — humano ou animal — conseguiria suportar com calma. Agressão diante de tamanho sofrimento não é apenas compreensível, mas totalmente natural", comentaram no abrigo de Szczecin.
O morador de Szczecin será, portanto, responsabilizado não apenas por abandonar um animal, mas, sobretudo, por agir com extrema crueldade. Sua companheira também poderá enfrentar a mesma acusação — que prevê uma pena de três meses a cinco anos de prisão e uma multa obrigatória, determinada pelo tribunal, entre PLN 1.000 e PLN 100.000 para fins de proteção animal.
- Esta é uma acusação muito mais séria, que - esperamos - levará a consequências reais para os donos - comentam no abrigo.©℗
Mais sobre este tópico em "Kurier Szczeciński" e eKurier de 25 de agosto de 2025.
Arleta NALEWAJKO

Zenek
2025-08-23 19:32:31
Deveria haver uma autorização administrativa para ter um cão na cidade, o que limitaria o sofrimento animal, mas o lobby canino se opõe. Também é estranho que ninguém quisesse ajudar este dono indefeso de um cão perigoso, mesmo que o animal estivesse sofrendo.
Kurier Szczecinski