Halsema defende posição sobre censura: não é uma “ditadora medíocre”

A prefeita Femke Halsema disse que não agirá como "uma ditadora insignificante" após as críticas do vereador do JA21, Cas van Berkel, por permitir que a apresentação do polêmico grupo de punk rap Bob Vylan no Paradiso no início deste mês acontecesse.

Bob Vylan foi criticado em junho por declarações políticas feitas durante uma apresentação no Festival de Glastonbury, na Grã-Bretanha.

Em Amsterdã , o vocalista Bobby Vylan repetiu o slogan “morte, morte às IDF”, referindo-se às Forças de Defesa de Israel, e gritou “Palestina livre, livre!”

Ele também pediu ao público para "sair e encontrá-los [fascistas e sionistas] nas ruas, sair e deixá-los saber que vocês não estão do lado deles, entendeu?" Várias organizações judaicas holandesas fizeram relatórios policiais sobre os comentários.

Van Berkel chamou os comentários de "uma caça às bruxas aos judeus nas ruas de Amsterdã" e disse que Halsema falhou ao não intervir, já que este era um local "subsidiado".

Embora Halsema tenha chamado os comentários de Vylan de "mau gosto", ela disse que não cederia à censura. "O que vocês querem de mim é que eu invada ilegalmente um espaço cultural e mande a polícia arrastar alguém para fora do palco. Isso não pode ser feito, não é o que eu faço e nunca farei", disse ela.

Ela prosseguiu dizendo que a proibição da censura significa que não haverá intervenções antes de um evento. "Não vou invadir locais como um ditador medíocre", disse ela.

Enquanto os manifestantes pichavam o Paradiso e ameaçavam violência, a apresentação ocorreu sem problemas. Um show subsequente no local 013, em Tilburg, foi cancelado , com os organizadores alegando que a banda havia ido "longe demais". A apresentação final, em Nijmegen, ocorreu sem problemas.