O setor petrolífero da Colômbia registrou cinco trimestres consecutivos de declínio.

O setor de hidrocarbonetos colombiano registrou cinco trimestres consecutivos de queda. No segundo trimestre de 2025, registrou uma contração de 5,7% em comparação com o mesmo período de 2024.
Entre janeiro e junho de 2025, a produção média de petróleo ficou em 747.000 barris por dia, representando uma queda de 4,3% em relação ao mesmo período de 2024. A produção controlada de gás foi de 1,29 bilhão de pés cúbicos por dia, uma queda de 11,3% em relação ao ano anterior.
Em julho de 2025, 112 sondas ativas foram relatadas no país, representando um aumento de 6,7% em comparação ao mesmo mês de 2024. Destas, 31 estavam perfurando e 81 estavam em processo de recondicionamento.
A Camperol, Câmara Colombiana de Petróleo, Gás e Bens e Serviços de Energia, informou que em junho de 2025, a produção diária de petróleo atingiu 744.200 barris, uma queda de 4,8% em relação ao mesmo mês de 2024 e 0,7% em relação a maio de 2025. No caso do gás, a produção ultrapassou 1,2 bilhão de pés cúbicos por dia, o que significou uma redução de 10,4% em relação ao ano anterior e de 1,4% em relação a maio de 2025.
O Brent, referência internacional para os preços do petróleo bruto, caiu 3,4%, para uma média de US$ 69 por barril. No entanto, em julho de 2024, a queda havia sido de 19%.
Em relação ao Henry Hub Spot, o preço internacional do gás ficou em US$ 3,4 por 1.000 pés cúbicos com data de corte em julho de 2025, o que marcou uma queda em relação ao primeiro trimestre, quando oscilou entre US$ 4,3 e US$ 4,4.
A Associação Colombiana de Petróleo e Gás (ACP) já vinha alertando que a produção de hidrocarbonetos havia enfraquecido nos últimos anos.
O sindicato explicou que uma das razões para manter ou aumentar a produção é o declínio natural dos campos maduros, já que as principais fontes de exploração estão em estágio avançado de desenvolvimento, resultando em declínio progressivo da produção e consumo acelerado das reservas.
O ACP também detalhou anteriormente que regulamentações, altas cargas tributárias, problemas de ordem pública e atrasos em procedimentos ambientais são outras causas que explicam a tendência, pois geram atrasos, observou o sindicato.
"São necessários novos incentivos para a exploração e produção de hidrocarbonetos, atraindo e mantendo investimentos estrangeiros em projetos de exploração e desenvolvimento, avançando nos procedimentos necessários para a aprovação de licenças e autorizações e garantindo condições operacionais adequadas nas regiões", declarou o presidente da ACP em 19 de novembro de 2014.
Diante dessa situação, o Ministério de Minas e Energia já havia declarado que está monitorando continuamente 368 campos produtores de gás. Mencionou também que houve progresso na modernização da regulamentação para incentivar a exploração de hidrocarbonetos "e garantir uma transição energética justa".
Eleconomista