O fracking da Pemex está em andamento: a perfuração começa na região de Huasteca.

CIDADE DO MÉXICO (apro) .- De todas as regiões do país, a região de Huasteca Potosina enfrentaria o maior risco com a aplicação do fracking promovido por Claudia Sheinbaum, um cenário que revive memórias dos anos de Enrique Peña Nieto, afirmou a Aliança Contra o Fracking.
Com base na análise do Plano Estratégico da Pemex, apresentado em 5 de agosto de 2025, a organização identificou inicialmente os municípios mais vulneráveis a essa prática.
Na Huasteca Potosina estão Tanlajás, San Antonio, Tancanhuitz, Tanquián de Escobedo, Tampamolón Corona, Coxcatlán, Huehuetlán, Axtla de Terrazas, Xilitla, Matlapa, Tamazunchale, San Martín Chalchicuautla, Tampacán, San Vicente Tancuayalab, Ébano, Tamuín e Ciudad Valles.
Na Huasteca Veracruzana, os municípios indicados são El Higo, Tempoal, Platón Sánchez, Chalma e Chiconamel.
Enquanto na Huasteca Hidalguense estão Huejutla de Reyes, Jaltocán e San Felipe Orizatlán.
O relatório detalha que já foi detectada perfuração irrestrita nesses locais, uma indicação clara da intenção de identificar e explorar volumes de gás e petróleo, tanto em áreas convencionais quanto não convencionais, ou seja, aquelas onde o fracking seria aplicado.
Para a Aliança, essa decisão pode levar a "consequências catastróficas e poluição irreparável da água, da terra e do ar, impactos graves na saúde humana, destruição de ecossistemas e o colapso da atividade econômica regional, da agricultura tradicional e do turismo".
"Essa técnica terrível e devastadora, que, se aplicada, levaria à destruição de todas as formas de vida em territórios habitados predominantemente por povos e comunidades indígenas, inclui imediatamente trabalhos de exploração em dois polígonos chamados Maguey e Castañas", afirma o documento.
O grupo insistiu que o plano de Sheinbaum, que já viola o compromisso da Quarta Transformação de não recorrer ao fracking, repete o que aconteceu entre 2014 e 2018.
“A região de Huasteca Potosina e outras regiões do país foram abaladas por fortes mobilizações indígenas e populares em resposta às tentativas do governo Peña Nieto de entregar gás e petróleo a empresas estrangeiras, especialmente as dos Estados Unidos, sob o pretexto da reforma energética promulgada em dezembro de 2013 e da Lei de Hidrocarbonetos de agosto de 2014”, lembrou a Aliança.
Na ocasião, povos e comunidades indígenas se organizaram para enfrentar o que consideravam uma ameaça de desapropriação de suas terras e a instalação de poços para extração de hidrocarbonetos por métodos convencionais e a "terrível prática" do fracking, prevista para 382 mil hectares em 18 municípios da região.
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