Centro de Competência do Nordeste triplica receita


Aqui nascem e crescem projetos como o iWAMO, sigla para “Intelligent Waste Monitoring”, que envolve a empresa paduana IT+Robotics, fundada em 2005 como spin-off da Universidade de Pádua, para otimizar o controle de qualidade dos resíduos recicláveis que hoje ocorre por amostragem e manualmente, ou ainda o Bridge, um modelo de Inteligência Artificial tecnologicamente inovador e preditivo, que foi criado para dar suporte aos mestres cervejeiros e cervejarias durante o processo de fabricação da cerveja assinado pela Omnia Technologies. Apenas dois exemplos para dar uma ideia do que acontece dentro do North-East Competence Center. que encerrou o ano com resultados que fortalecem sua capacidade de sistematizar a excelência 4.0-5.0 e criar mecanismos virtuosos de “contaminação” entre provedores de tecnologia, usuários finais, universidades e centros de pesquisa.

SMACT de Pádua, sede do Centro de Competência. Área dedicada a demonstradores internos de tecnologia
Em detalhe, o SMACT Competence Center fechou 2024 com receitas de 10 milhões de euros (dos quais 1,4 milhões em contribuições pagas pelo MiMIT), triplicando o valor de 3 milhões de euros registado em 2021, ano em que assumiu a atual governação. Dados positivos também no quesito rentabilidade, com um EBITDA característico de 1,5 milhão.

SMACT de Pádua, sede do Centro de Competência - Espaços interiores
O plano de negócios recentemente aprovado visa a sustentabilidade a médio prazo, mesmo para além do fim do atual ciclo de financiamento vinculado ao PNRR, e prevê um novo crescimento das receitas para 15 milhões de euros, e da rentabilidade para 1,9 milhões, no final do ano em curso.
«Os resultados alcançados são fruto de um modelo de negócio orientado para a concretização e a sustentabilidade», declara Massimo Guglielmi, presidente do SMACT Competence Center. «A SMACT cresceu graças à oportunidade do PNRR, mas a solidez alcançada permite-nos olhar para os próximos anos com otimismo e procurar gerar ainda mais valor para os nossos parceiros. A SMACT encontra cada vez mais o seu papel de agregadora de um grande ecossistema de inovação que encontra nele as oportunidades de colaboração tanto do ponto de vista tecnológico como na construção de propostas de valor acrescentado para o mercado".

SMACT de Pádua, sede do Centro de Competência. A padaria 4.0 que produz pão de sanduíche e é administrada em colaboração com a cooperativa social Work Crossing, que auxilia presos a reinserir-se no mundo do trabalho.
As atividades e serviços oferecidos pela SMACT às empresas crescem em sintonia com os resultados financeiros. As empresas parceiras do ecossistema SMACT ultrapassaram 100. Só em 2024, foram lançados projetos de investigação, desenvolvimento e inovação, envolvendo universidades e parceiros tecnológicos, num valor de 4,5 milhões de euros, enquanto os serviços de consultoria geraram 2,8 milhões de euros, servindo mais de 200 empresas. A isto se junta a oferta formativa: no ano orçamental, foram disponibilizados 50 cursos, no valor de 800 mil euros, num total de 1.800 horas de formação. Tudo graças a uma equipe que cresceu ao longo do tempo para 27 unidades, com 14 novas entradas em 2024.
Em termos de cofinanciamento de projetos de pesquisa e desenvolvimento experimental com fundos do PNRR, a SMACT lançou um total de 98 projetos nos últimos três anos, dos quais 39 em 2024, envolvendo 111 empresas (55 grandes, 17 médias, 39 pequenas ou micro) e 10 universidades e centros de pesquisa diferentes, ativando colaborações com 77 grupos de pesquisa. Foram desembolsados um total de 14,6 milhões de euros em cofinanciamento, dos quais 12,7 milhões nos anos de 2023-24. Em 2024, a SMACT também começou a trabalhar em três projetos europeus, Guardians e Teapots, dedicados a empresas agroalimentares, e Friend Europe, focado na internacionalização de empresas.

SMACT de Pádua, sede do Centro de Competência - Espaços interiores
“2024 foi um ano de crescimento significativo para a SMACT, não apenas em termos de solidez financeira, mas sobretudo pelo impacto concreto que estamos gerando no tecido empresarial”, afirma Matteo Faggin, gerente geral. «O crescente número de projetos de inovação e serviços de consultoria demonstra o quanto as empresas, especialmente as PME, sentem a necessidade de recorrer a uma realidade super-partidária para iniciar caminhos de transição digital e ambiental. A SMACT, juntamente com seus parceiros acadêmicos e tecnológicos, é capaz de responder a essas necessidades com expertise e propondo soluções eficazes, auxiliando as empresas em seu caminho de evolução tecnológica, cada uma necessariamente única". O Ecossistema SMACT e sua capacidade de gerar valor para as empresas italianas estão no centro do evento que o Centro de Competência organizou para terça-feira, 13 de maio, às 17h, no Centro Culturale Altinate San Gaetano, em Pádua, intitulado "Inovação Aberta: o desafio para a evolução das empresas". Um encontro público e institucional projetado para reunir partes interessadas nacionais, empresas, órgãos de pesquisa e instituições para discutir o futuro da inovação. Os palestrantes incluirão Valentino Valentini, vice-ministro do MIMIT, Daniela Mapelli, reitora da Universidade de Pádua, Elena Donazzan, vice-presidente da Comissão de Indústria, Pesquisa e Energia do Parlamento Europeu, Gianluigi Rozza, presidente do Conselho Fiscal da SMACT, e Antonio Santocono, presidente da Unioncamere del Veneto.
Notícias e insights sobre eventos políticos, econômicos e financeiros.
Inscrever-seilsole24ore