Prefeito de Plan-de-la-Tour é processado por assédio moral

A mensagem foi enviada a todos os eleitos por e-mail em 7 de maio. Nesta breve carta, o primeiro vice-prefeito de Plan-de-la-Tour, Alexandre Latil, informou aos vereadores que o prefeito, Laurent Giubergia, desejava a proteção funcional da comuna (1) em vista de sua intimação perante o tribunal criminal em 10 de junho.
Por qual motivo? Sua implicação em processo de assédio moral contra pessoa que foi sua colega de escritório no início de seu mandato.
Poucos meses após o segundo turno das eleições de 2020 (vencido pela lista de Laurent Giubergia), Audrey Delamare fez parte do grupo de comunicação durante a campanha.
Também candidata a vice-presidente do partido "Juntos pelo espírito da nossa aldeia", ela foi convidada a integrar o gabinete do prefeito a partir de outubro de 2020.
Condições de trabalho em deterioração?Os fatos que serão apurados abrangem o período de setembro de 2022 a março de 2023. As alegações incluem comentários e comportamentos que afetaram as condições de trabalho desta funcionária, em contato direto com a magistrada chefe no exercício desta função: supressão de missões, apagamento de circuitos internos de informação, questionamento de sua lealdade, são o conjunto de fatos que a justiça quer apurar.
Esta funcionária havia sido demitida por abuso de confiança, fato levado ao tribunal administrativo que homologou sua saída. Contatada, Audrey Delamare prefere deixar a justiça seguir seu curso, que decidirá no dia 10 de junho.
Por telefone, o prefeito Laurent Giubergia confirmou o pedido de proteção, vinculando o caso à saída de seu ex-colega , "demitido no início do mandato, por quebra de confiança. Poucos meses depois dessa demissão, sou atacado por fatos que nunca haviam sido mencionados", observa o prefeito, que vê uma dimensão política no caso.
A oposição está se manifestandoNum contexto político local já bastante incendiário tendo em vista as próximas eleições municipais, alguns partidos da oposição aproveitaram este assunto que se tornou público.
O deputado Thierry Réveillon reagiu porque, segundo ele, "como a próxima reunião do conselho em 22 de maio foi cancelada [adiada para 12 de junho], não poderei falar antes da data desta convocação. O prefeito tem direito à proteção", afirmou no preâmbulo. Mas isso levanta questões. Defendo o prefeito com prazer, mas o propósito dessa proteção deve estar vinculado à sua função como prefeito. Na minha interpretação, trata-se de um comportamento individual desvinculado de sua função.
1. Com a lei aprovada em 21 de março de 2024, que visa fortalecer a segurança e a proteção dos eleitos, a concessão de proteção funcional é automática, sem prévia decisão do conselho municipal, para os eleitos vítimas de violência, ameaças ou insultos. É concedida aos eleitos que a solicitarem, desde que reúnam as condições para dela beneficiar, nomeadamente no que se refere à natureza dos factos que devem estar vinculados às funções eletivas.
Var-Matin