Lei Duplomb: Gérald Darmanin pede maior firmeza diante das ameaças contra parlamentares

Na sexta-feira, 18 de julho, Delphine Lingemann encontrou a frente de seu gabinete parlamentar coberta com rostos de parlamentares. O da deputada do MoDem por Puy-de-Dôme estava em destaque. "Aqui estão os parlamentares que votaram a favor da lei Duplomb, os vivos os julgarão", afirma uma colagem reivindicada pelo coletivo Extinction Rebellion nas redes sociais. "São ataques que não fazem parte dos valores do nosso país. Apontamos o dedo para os culpados, jogamos os eleitos aos leões com mensagens difamatórias. Há uma campanha de desinformação, que é o oposto do debate democrático", protestou a deputada na France 3 Auvergne-Rhône-Alpes. Ela anunciou que havia apresentado uma queixa contra um desconhecido no mesmo dia.
Delphine Lingemann é, aliás, uma das deputadas que votou a favor da lei Duplomb, que visa "suspender as restrições à prática agrícola", em 8 de julho na Assembleia. Fortemente criticado pela oposição de esquerda, que denuncia a reintrodução regulamentada de um neonicotinoide, o acetamiprido, o texto continua a cristalizar tensões, com uma petição histórica no site da Assembleia Nacional que ultrapassou um milhão de assinaturas em oposição. Na segunda-feira, 21 de julho, o Ministro da Justiça, Gérald Darmanin, enviou uma carta ao Ministério Público solicitando-lhes que demonstrassem "grande firmeza" em relação às "ameaças inaceitáveis" dirigidas aos parlamentares com base em seu voto sobre a lei Duplomb.
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Le Monde