O bilionário Pierre-Édouard Stérin pede para ser entrevistado por videoconferência pela comissão de inquérito

Stérin, que se tornou bilionário com sua empresa de caixas de presente Smartbox, é o iniciador de um projeto político chamado "Péricles". Ele foi convocado por uma comissão de inquérito da Assembleia Nacional sobre "a organização de eleições na França".
"Pierre-Édouard Stérin reafirma sua total disponibilidade para responder às perguntas dos parlamentares" e "concorda em comparecer, por videoconferência", à audiência marcada para terça-feira, às 11h, anunciou ele em um comunicado à imprensa na segunda-feira. Mas "até o momento, nenhuma confirmação ou detalhes técnicos sobre a organização desta audiência remota foram enviados a ele", acrescenta o comunicado à imprensa.
A videoconferência é "um formato usado regularmente na Assembleia Nacional", ele argumenta, citando exemplos recentes. Na semana passada, Stérin já havia solicitado que sua audiência marcada para quarta-feira fosse realizada por videoconferência, alegando "razões de segurança" após receber "ameaças de morte". Sua cadeira permaneceu vazia e uma nova convocação foi enviada.
Contatado na segunda-feira, o deputado do Renaissance, Thomas Cazenave, presidente da comissão de inquérito, disse que levou as preocupações do bilionário "muito a sério". "Neste fim de semana, tive discussões com o Ministério do Interior, que confirmou que se encarregaria da segurança de Stérin para que ele pudesse viajar sem qualquer dificuldade [...] para a Assembleia Nacional", declarou Thomas Cazenave.
Questionado, o Ministério do Interior confirmou que planeja garantir a segurança de Pierre-Édouard Stérin, desde sua casa até a Assembleia Nacional, "a pedido do presidente do comitê". "Portanto, acredito que não há mais nenhuma razão real para justificar seu não comparecimento pessoal", disse Thomas Cazenave, enfatizando que, embora outras audiências tenham ocorrido remotamente, elas ocorreram no contexto de "mesas redondas" reunindo um grande número de pessoas.
O que acontece se eu faltar novamente?Se na terça-feira "constatarmos que ele não está, haverá uma nova reunião do gabinete da comissão de inquérito", disse o deputado. Na semana passada, este último havia cogitado a possibilidade de acionar o Ministério Público caso o empresário se ausentasse novamente.
A recusa em comparecer perante uma comissão de inquérito é punível com dois anos de prisão e uma multa de 7.500 euros. "Ninguém está acima da lei: as táticas de dilatória de Stérin já duram tempo demais", declarou o deputado da LFI, Antoine Léaument, relator da comissão de inquérito, no X.
SudOuest