No julgamento de Jubillar, o primeiro dia de solidão do acusado

Como podemos nos livrar, na segunda-feira, 22 de setembro, na abertura do julgamento de Jubillar no Tribunal de Tarn, em Albi, da impressão comum de já termos lido, visto e ouvido demais? Quatro anos e meio de investigação em andamento já se passaram. Sabemos a maior parte do que os 27 volumes do processo, alinhados atrás do tribunal, contêm. Sabemos especialmente o que eles não contêm, visto que não há cena de crime nem corpo.
Então, enquanto esperamos que o julgamento realmente comece, nós coletamos, rastreamos os pequenos detalhes do primeiro dia. Cédric Jubillar permitindo, por longos, longuíssimos minutos, que um enxame de câmeras e lentes capturasse sua imagem no banco dos réus, cabeça raspada, pele pálida. Damos zoom em sua mão esquerda. Aquele anel que ele usa no dedo anelar é sua aliança de casamento? Nós nos demoramos na lateral do pescoço dele. Essas letras tatuadas realmente compõem o primeiro nome do filho dele? Então, ampliamos o campo para os bancos das partes civis. Lotados até o teto. Os irmãos e a irmã da esposa do acusado, Delphine Jubillar, que desapareceu em dezembro de 2020, estão sentados na primeira fila. A irmã agora cria dois filhos de 6 e 11 anos, órfãos de uma mãe que seu pai é acusado de ter matado. Os tios, tias e primos de Delphine Jubillar estão todos lá. Seus amigos próximos também. Ao lado deles, a mãe de Cédric Jubillar.
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Le Monde