Portfólio recomendado: Soluções devem ser negociadas

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Fonte: Prefeitura de Bogotá - Site Oficial
Um livro que nos convida a repensar nossa relação com as ideias, decisões e sistemas que nos cercam, a partir de uma perspectiva profundamente enraizada no pragmatismo filosófico. É uma forma de pensar que valoriza o que funciona, o que é concreto e o que produz resultados efetivos na vida cotidiana.
O pragmatismo busca soluções práticas para problemas, adaptando-se às circunstâncias e aprendendo com a experiência. O autor não oferece um tratado acadêmico, mas sim um relato pessoal que mescla experiências, reflexões e diálogos com pensadores como William James, Isaiah Berlin e Edmund Burke, entre outros. Ele gira em torno da ideia de que o valor de nossas ações, instituições e crenças não reside em sua coerência teórica ou adesão a ideais abstratos, mas em sua capacidade de funcionar e produzir resultados concretos em um mundo marcado pela escassez, conflito e incerteza. O autor, Andrés Mejía Vergnaud, utiliza a metáfora de um "Jardim do Possível" para contrastá-lo com o idealizado "Jardim do Éden". Enquanto este último representa um mundo sem conflito ou sacrifício, o primeiro personifica a realidade humana, onde as conquistas são construídas por meio de negociação, troca e equilíbrio imperfeito. O autor argumenta que insistir em utopias de harmonia absoluta leva à paralisia, enquanto abraçar o pragmatismo nos permite avançar, mesmo aceitando contradições e custos. Essa visão baseia-se em exemplos históricos e contemporâneos, da filosofia aristotélica aos dilemas das políticas públicas e dos mercados, destacando como sociedades prósperas são aquelas capazes de se adaptar e priorizar o viável em detrimento do ideal. Uma de suas contribuições é o foco na "utilidade" como critério central. Diante das críticas que acusam o pragmatismo de ser superficial ou carente de princípios, Mejía Vergnaud argumenta que privilegiar o que funciona não implica abandonar a ética, mas sim reconhecer que os valores se chocam e que as soluções devem ser negociadas em contextos específicos. Aqui, o autor dialoga com figuras como Ronald Coase, cujo trabalho sobre custos de transação ilustra como arranjos práticos emergem de tensões que são insolúveis em teoria.
'O Rei e o Relojoeiro' de Arnaldur Indridason. Editora: RBAEm Copenhague, um relojoeiro islandês conserta um relógio astronômico de duzentos anos no palácio real. Lá, ele recebe a visita do monarca dinamarquês, Cristiano VII, que, acusado de ser mentalmente instável, foi destituído do trono pelo próprio filho. As conversas noturnas entre os dois homens tornam-se habituais e cada vez mais confidenciais, e o relojoeiro acaba por relatar o trágico destino de seus pais. É então que o rei descobre impiedosamente o que se esconde por trás do exercício implacável do poder. Um romance ambientado no século XVIII.
'Manual Esotérico' de Celia Blanco. Editora: Solar EditorialO autor conseguiu compilar as melhores receitas e orações conhecidas desde tempos imemoriais. O trabalho meticuloso e preciso que esse conhecimento nos proporciona é digno de admiração, tanto para crentes quanto para não crentes. Muitos livros esotéricos já foram escritos, mas um como este, que nos ensina como fazê-lo nós mesmos, com pleno conhecimento dos materiais a serem utilizados, nos dando o significado de cada ingrediente, essência, óleos e muito mais, é certamente incomparável. Devemos ter em mente que cada um dos componentes é facilmente obtido.
"Um Amor de Verão Complicado", de Ali Hazelwood. Editora: ContraluzMaya Killgore tem 23 anos e ainda está decidindo o que fazer da vida. Conor Harkness tem 38, e Maya não consegue parar de pensar nele. É um clichê tão batido que vai fazer seu coração explodir: homem mais velho, mulher mais nova; cara rico trabalhando em biotecnologia, estudante de pós-graduação em dificuldades; o melhor amigo do irmão, a garota que ele nunca notou. Como Conor apontou, a dinâmica de poder é muito desequilibrada. Qualquer relacionamento entre eles seria tenso por tantos motivos, então Maya realmente deveria tirar isso da cabeça.
"Crise" de Robin Cook. Editora: DebolsilloEste romance explora o lado mais sombrio da profissão. Quatro dias antes de seu casamento, Jack Stapleton, um médico legista de Nova York, recebe um telefonema da irmã: o marido dela, um médico de prestígio, está prestes a ser processado por negligência profissional e precisa de sua ajuda. Apesar do relacionamento ruim com a irmã e da pouca simpatia que sente pelo cunhado, Jack viaja para Boston com a intenção de passar apenas um dia lá. Mas o caso é muito mais complicado do que ele imaginava. Mesmo sabendo que isso coloca seu próprio casamento em risco, Jack exige a exumação do corpo do paciente que supostamente morreu devido à negligência do cunhado. Jack está correndo contra o relógio para salvar o cunhado quando descobre algo que jamais poderia ter imaginado. CÉSAR GIRALDO, Subeditor da Portafolio
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