Pablo Blanco afirmou que a rejeição da proibição de pessoas com deficiência reflete a falta de empatia do governo.

Em entrevista exclusiva ao "El Intransigente", o senador Pablo Blanco (UCR) enfatizou que a recente rejeição do veto presidencial à emergência para pessoas com deficiência marca um evento histórico. "É uma questão muito sensível", observou, acrescentando que o Congresso enviou uma mensagem clara ao Poder Executivo sobre a importância de considerar as necessidades sociais além do equilíbrio fiscal.
Blanco lembrou que uma rejeição semelhante não era registrada desde 2003. "O presidente usa frequentemente o veto, mesmo em questões sensíveis que afetam diretamente as pessoas com deficiência e suas famílias", disse ele. O senador insistiu que essas decisões devem ser pautadas pela empatia com a população e não por critérios econômicos ou políticos.
O legislador explicou que a comunidade com deficiência sofre consequências diretas quando o equilíbrio fiscal é priorizado em detrimento do equilíbrio social. "São eles que mais precisam de apoio e arcam com as consequências de decisões que não consideram sua situação", acrescentou.
Blanco também abordou a emenda à lei que regulamenta os decretos de necessidade e urgência (DNU). Ele observou que a lei busca alinhá-los à Constituição, corrigindo uma lei anterior que permitia governar por meio de decretos com menos requisitos. Segundo o senador, isso era uma "aberração" que agora está sendo corrigida após anos de discussão.
O senador ressaltou que, desde 2020, insiste na necessidade de regulamentar esses instrumentos para que tenham limites claros e reflitam a transparência que os cidadãos esperam do Estado.
Questionado sobre as recentes gravações de áudio vinculadas à agência para deficientes, Blanco alertou que elas revelam irregularidades em diversos órgãos estaduais, incluindo o PAMI , o Ministério da Defesa e o Ministério da Segurança. Ele também mencionou aumentos suspeitos nas vendas de laboratórios e distribuidores vinculados ao estado. "Isso é preocupante e afeta os recursos que poderiam ser destinados à deficiência", disse ele.
Blanco confirmou que considerará apoiar o pedido de interpelação do secretário responsável e que analisarão a situação em comissão antes de tomar decisões finais.
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