Em seu discurso, o presidente Petro afirmou que as medidas sobre o EPS intervencionado não só continuarão, mas serão expandidas.

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Em seu discurso, o presidente Petro afirmou que as medidas sobre o EPS intervencionado não só continuarão, mas serão expandidas.

Em seu discurso, o presidente Petro afirmou que as medidas sobre o EPS intervencionado não só continuarão, mas serão expandidas.
O presidente Gustavo Petro, em seu discurso presidencial nesta terça-feira, abordou o relatório da Controladoria sobre a dívida das operadoras de planos de saúde públicos com hospitais e clínicas. O presidente afirmou — como já havia afirmado em seu discurso de abertura — que a dívida total das operadoras de planos de saúde na Colômbia não é de 32,9 bilhões de pesos, mas sim superior a 100 bilhões. Durante seu discurso, ele também alertou que, se uma nova Lei de Financiamento não for aprovada, o Estado entrará em falência.
"A Lei 100 e os líderes que a defendem retiraram 100 bilhões de pesos do sistema de saúde", afirmou. O presidente também se referiu às operadoras de planos de saúde (EPS) intervencionadas pelo governo e afirmou que sua dívida com os hospitais diminuiu.
O presidente ressaltou que a diferença se deve ao fato de que o relatório da Controladoria deveria ter sido estimado anualmente com base nas taxas de inflação. "Isso significa que os 29 EPSs devem muito mais do que 32,9 bilhões de pesos aos IPSs", insistiu.
"Tiraram-nos a Sanitas lá, e acontece que reduzimos a dívida da Sanitas. A intervenção foi favorável", acrescentou o Presidente Petro, referindo-se à decisão do Tribunal Constitucional de suspender a intervenção do EPS.
Nesse sentido, ele observou que a intervenção nesses EPSs não só continuará, como também se expandirá. "Temos um dos piores sistemas de saúde do mundo; está destruindo o Estado colombiano", disse ele.
O presidente destacou que a dívida dos EPSs não intervencionados dobrou no último ano. "Onde está o Ministério Público que não está investigando? Por que não solicitaram perícia contábil? Dobraram a dívida em um ano e inventaram uma mentira como desculpa. Simplesmente pegaram o dinheiro que o ministro, contra a minha vontade, fez com que aumentassem o UPC muito acima da inflação", afirmou, e em seguida lançou vários outros ataques à empresa de Keralty.
Petro destacou que o governo pagou mais do que deveria pela sustentabilidade do sistema e afirmou que, até 31 de dezembro, restavam apenas 71 bilhões de pesos do "Acordo de Ponto Final".
Para sustentar sua afirmação de que seu governo é o que mais contribui para o seguro dos colombianos, o presidente apresentou um gráfico com dados da Diretoria de Liquidações e Garantias da ADRES, que mostra que mais de 200 bilhões de pesos foram destinados a essa área desde 2023.
Em seguida, ele abordou as receitas do EPS. O presidente afirmou que, em 31 de dezembro de 2024, o total de UPC transferido pela ADRES para os 29 EPSs era de 87,8 bilhões de pesos, mas, ao verificar os relatórios das empresas, consta apenas 85,1 bilhões de pesos.
"Para onde foi o dinheiro? A diferença é de 2,71 bilhões que não foram pagos, e não há processo judicial. Isso deve ser reportado ao Ministério Público e à Procuradoria-Geral da República", disse ele.
O chefe de Estado também apresentou um gráfico que mostra que, ao somar os recursos perdidos desde 2020 e reportados nos relatórios da Controladoria, o total é de 15,7 trilhões de pesos, para os quais não há informações sobre seu uso e destino.
Ela também apresentou um documento de 2014, assinado por Sandra Morelli quando era Controladora-Geral da União, no qual alertava os então ministros Alejandro Gaviria (Saúde) e Mauricio Cárdenas (Fazenda) sobre a situação financeira da EPS.
O presidente concentrou parte de seu discurso no caso da Coosalud, uma seguradora de saúde que passou de uma dívida de 702,143 bilhões de pesos em 2023 para uma dívida superior a 2,5 trilhões de pesos em 2024. "É um sistema morto e, portanto, deve ser transformado em um sistema preventivo", disse ele.
Ele também se defendeu das críticas sobre a escassez de medicamentos no país. "Mentiras. Pagamos 90,3% a mais do que os medicamentos valem. Então, por que não há remédios nas farmácias? É por isso que as pessoas estão reclamando, e com razão, porque os gestores não entregam os medicamentos, não o governo", afirmou.
Nesse sentido, ele afirmou que ou as EPS ficam com o dinheiro que o governo lhes dá, ou as próprias operadoras, que, não recebendo os pagamentos, não prestam o serviço.
Por fim, ele observou que a única salvação para os EPSs é a aprovação da reforma da saúde. "Vamos conceder empréstimos baratos aos EPSs restantes, para que eles possam passar de intermediários financeiros a gestores de seguros de vida e se salvar. Em outras palavras, este governo está salvando os EPSs", acrescentou.
O relatório do Controlador
No início de julho, a Controladoria informou que a dívida acumulada das prestadoras de serviços de saúde chegava a 32,9 bilhões de pesos e que as apreensões administrativas da Superintendência não melhoraram sua solvência.
De acordo com o relatório financeiro do setor da saúde, até dezembro do ano passado, a dívida acumulada das EPSs, que chega a bilhões, demonstra insustentabilidade financeira e um estado crítico do sistema. Além disso, 16 entidades estão enfrentando problemas de liquidez que limitam sua capacidade de cumprir com suas obrigações imediatas.
O órgão regulador indicou que, das 157 EPS autorizadas desde a entrada em vigor da Lei 100 de 1993, apenas 29 estão em operação atualmente, e somente seis delas — abrangendo apenas 10,92% do total de associados — atendem às condições financeiras exigidas: capital mínimo, patrimônio líquido adequado e aplicação em reservas técnicas.
"As liquidações sobrecarregaram os EPSs restantes, que precisam assumir afiliadas sem capacidade operacional ou financeira suficiente, aprofundando a crise", afirma o relatório.
Nenhum dos EPS intervencionados pela Superintendência Nacional de Saúde (SNS) cumpre os requisitos de solvência estabelecidos pela regulamentação em vigor, o que demonstra que o controlo estatal não tem sido eficaz na resolução das razões financeiras que levaram à sua assunção administrativa pelo Governo.
CAMILO A. CASTILLOEditor PolíticoX: (@camiloandres894)
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