Codhem inicia investigação sobre suposta omissão de autoridades no caso do menino Fernando

TOLUCA, Edomex (apro) .- A Comissão de Direitos Humanos do Estado do México (Codhem) iniciou uma investigação ex officio sobre o caso do menino Fernando, sequestrado e assassinado no município de La Paz, por uma suposta dívida de mil pesos contraída por sua mãe, com o objetivo de analisar se houve violações dos direitos das vítimas dentro do processo de atendimento pelas autoridades.
A agência afirmou que funcionários da sede da Inspetoria Geral de Nezahualcóyotl iniciaram o processo de denúncia CODHEM/NEZA/295/2025 para determinar possíveis violações de direitos humanos, para as quais os relatórios correspondentes serão solicitados às autoridades relacionadas ao caso.
Myrna García Morón, presidente da Codhem, indicou que estão sendo coletados dados para analisar se houve violações no processo de tratamento deste assunto, como parte da investigação iniciada ex officio com os dados que são parcialmente coletados.
Ele também afirmou que a mãe da criança, como vítima indireta, deve assumir a denúncia para que a investigação possa ser fortalecida; e se ofereceu para fornecer a ela qualquer apoio que ela precisar.
Noemí Marcelina “N”, mãe de Fernando, denunciou ameaças da Polícia de Gênero de La Paz, buscando forçá-la a se retirar do caso e mudar sua defesa legal, bem como a omissão das autoridades municipais e da Procuradoria Geral do Estado do México (FGJEM) em intervir prontamente para resgatar a menor com vida.
De acordo com o processo de investigação, no mesmo dia em que a criança foi sequestrada, 28 de julho, a mãe foi até uma delegacia de polícia municipal perto de sua casa para pedir ajuda, mas foi informada de que não poderia intervir porque ela precisava registrar um boletim de ocorrência primeiro.
Ela então foi ao Sistema Municipal de Desenvolvimento Integral da Família (DIF), onde, segundo ela, "me ignoraram".
Em 31 de julho, a Promotoria Especializada em Pessoas Desaparecidas solicitou que ela retornasse na segunda-feira, pois não havia Ministério Público (MP) disponível para atendê-la durante o fim de semana. Em 3 de agosto, ela retornou à MP, e a Polícia de Gênero interveio no dia seguinte.
Quando os policiais entraram na casa dos supostos sequestradores, o corpo da criança foi encontrado sem vida, pois estava morta há vários dias.
Noemí e seus irmãos, Alfredo e Cecilia, acreditam que um resgate oportuno teria evitado a morte da criança.
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