Chega de desvios pela adoção: Hubig para a co-maternidade de casais femininos

Até o momento, o direito de família distingue entre a mãe e seu parceiro, que não é pai ou mãe da criança.
(Foto: picture alliance / Zoonar)
A Ministra da Justiça, Hubig, simpatiza com a proposta de seu antecessor na coalizão "Ampel": no futuro, duas mulheres que tenham um filho devem poder ser registradas como mães imediatamente. Atualmente, isso se aplica apenas à gestante. Outra ideia de reforma de Buschmann, no entanto, está voltando para a gaveta.
A Ministra Federal da Justiça, Stefanie Hubig, gostaria de possibilitar que casais lésbicos com filhos tenham a parentalidade conjunta desde o início. "Pessoalmente, imagino que poderíamos estabelecer uma disposição na lei de parentalidade para a parentalidade conjunta de casais femininos", disse a política do SPD em Berlim.
A situação jurídica atual é que o parceiro da mulher que dá à luz a criança deve adotá-la para se tornar o pai legal. "Essa via, por meio do processo de adoção judicial, é muito árdua e representa um fardo para as famílias", criticou o ministro. Além disso, essa regulamentação pode ter consequências terríveis para a criança se a mãe falecer durante ou logo após o parto: "Aí, a criança pode ficar sem nenhum pai."
A reforma do semáforo não foi implementadaO Ministério Federal da Justiça já tinha planos concretos para a co-maternidade no outono de 2024. No entanto, após o colapso da coalizão do semáforo, esses planos não foram implementados. O acordo de coalizão entre a CDU, a CSU e o SPD não prevê nenhuma alteração na lei da paternidade nesse sentido. Em geral, quaisquer reformas no direito da família serão "guiadas pelo melhor interesse da criança", afirma apenas em termos bastante gerais.
No entanto, Hubig acredita que uma mudança nessa área faz sentido, também em relação aos casos pendentes sobre co-maternidade. "Vários tribunais alemães consideram a atual lei sobre filiação inconstitucional nesse ponto", afirma a ministra, que foi Ministra da Educação da Renânia-Palatinado antes de se mudar para Berlim. Ela gostaria "que não esperemos até que o Tribunal Constitucional Federal nos envie um pedido para implementar reformas significativas no direito da família".
Nenhuma nova “comunidade de responsabilidade”O ministro, no entanto, considera dispensável a "comunidade de responsabilidade" autenticada em cartório, outra proposta do ex-ministro da Justiça liberal Marco Buschmann, que nunca foi implementada. A proposta era destinada a pessoas que não estão em um relacionamento amoroso, mas desejam assumir a responsabilidade uma pela outra na vida cotidiana. O político do FDP citou como exemplos pais solteiros que se apoiam mutuamente ou idosos solteiros que moram juntos em um apartamento compartilhado.
"A princípio, isso soou contemporâneo para muitos", disse Hubig. No entanto, a ideia aparentemente não estava totalmente desenvolvida. O feedback da sociedade e da academia mostrou que ninguém precisava dessa nova instituição jurídica. O valor agregado teria sido, na melhor das hipóteses, simbólico.
Fonte: ntv.de, mau/dpa
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