Marterbauer quer intensificar o combate à fraude

Marterbauer continua calculando ©APA/ROLAND SCHLAGER
O Ministro das Finanças, Markus Marterbauer (SPÖ), pretende ampliar os esforços de prevenção à fraude como parte do processo de consolidação orçamentária. Em entrevista à APA, ele anunciou mudanças legislativas, incluindo aquelas relacionadas à "fraude carrossel do IVA". Ele também pretende ampliar os controles. Marterbauer está otimista quanto ao cumprimento das metas orçamentárias. No entanto, ele "não ficaria surpreso" se a classificação de crédito da Áustria fosse rebaixada pelas agências de classificação.
A Fitch rebaixou a classificação de longo prazo da Áustria de "AA+" para "AA" em junho, com perspectiva estável. Marterbauer não acredita que isso tenha relação com o procedimento de déficit excessivo da UE, que já estava iminente na época. As agências de classificação, afirma ele, analisam os desenvolvimentos macroeconômicos e orçamentários em detalhes: "Elas não precisam que ninguém as aponte para isso". Assim, a decisão de iniciar o procedimento de déficit excessivo "não teve qualquer efeito nos mercados financeiros". No entanto, Marterbauer presume que, dado o forte aumento da dívida pública, a Fitch não será a única agência a rebaixar a Áustria.
O Ministro das Finanças continua a encarar o procedimento de déficit excessivo com uma atitude relaxada: "Não há absolutamente nenhuma recomendação ou conselho para reduzir o déficit". Ele argumenta que se trata mais de um "instrumento de troca de informações": "Teríamos feito a mesma coisa com ou sem o procedimento de déficit excessivo".
Marterbauer é surpreendido por pesquisadores econômicos
Marterbauer considera "realista" que a meta de déficit de 4,5% do PIB para este ano seja cumprida, embora sua implementação dependa, em última análise, fortemente da evolução econômica. Institutos de pesquisa econômica até esperam um resultado melhor, especialmente o Wifo (Instituto Austríaco de Pesquisa Econômica), com 4,1%. O Ministro das Finanças considera essa uma suposição excessivamente otimista. Em março, o Wifo havia previsto um déficit de 3,3% para 2025: "Fiquei muito surpreso na época". Isso estava "longe da realidade".
O ministro espera que o amplo pacote de investimentos alemão impulsione a economia austríaca, o que também ajudaria o orçamento: "O pacote alemão nos ajudará muito, e acredito que o estímulo começará este ano e será mais forte no próximo". O que Berlim está fazendo é uma "boa política", pois beneficiará tanto o país quanto a Europa. O ministro das Finanças acredita que grandes medidas nacionais de estímulo econômico não são viáveis atualmente. Embora o pacote de austeridade invista uma quantia relativamente grande, "além disso, temos pouca margem de manobra porque precisamos economizar".
Ministro otimista com demanda interna
Marterbauer está "bastante otimista" em relação à demanda interna: "Já tenho a impressão de que a demanda do consumidor está se estabilizando". A taxa de poupança já está em declínio. O principal problema nesse contexto, diz ele, é que o desemprego continua muito alto.
A Marterbauer pretende arrecadar cerca de 270 milhões de euros no próximo ano para o combate à fraude. Uma força-tarefa está se reunindo para desenvolver medidas concretas. O Ministro das Finanças presume que as medidas serão tomadas em dois níveis. Primeiro, serão necessárias medidas legislativas. Isso se refere, por exemplo, à "fraude carrossel" no imposto sobre vendas, que se alastra por toda a Europa, para onde a Áustria pretende dar sua contribuição. Por outro lado, também serão necessários mais controles, e o pessoal certamente poderá ser realocado nessa direção. Muitas empresas não foram auditadas nos últimos anos. Um sinal deve ser enviado aqui.
O Pacto de Estabilidade, que regulamenta até que ponto as autoridades locais podem contrair dívidas, também ainda está em processo de negociação. Marterbauer acredita que a "mensagem básica" de que todos devem poupar foi recebida em todos os lugares: "A dificuldade que enfrentamos é que a posição inicial é muito ruim". Portanto, ninguém quer ser pressionado a nada, pois seria responsabilizado por isso. Está claro para o ministro que esse processo deve determinar apenas os números, não as medidas que os envolvem.
Disposição para discutir imposto predial
A Associação de Municípios pressionou recentemente para que medidas como a taxa de consulta ambulatorial ou o aumento do imposto predial fossem abordadas em conexão com o Pacto de Estabilidade. Marterbauer sinaliza flexibilidade neste último ponto. Ele observou a iniciativa correspondente dos municípios "com interesse": "Se municípios e cidades chegarem a um modelo comum, estamos definitivamente dispostos a analisá-lo e ver como ele pode ser implementado."
Recentemente, houve uma breve discussão entre a comunidade empresarial e o Ministro das Finanças sobre o trabalho na velhice. Marterbauer propôs um sistema de bônus/desvantagens que poderia incentivar mais idosos a serem empregados. Ele não quer insistir nisso. Não se tratava de uma exigência, mas de uma sugestão. Portanto, o Ministro também não quer vincular essa iniciativa ao imposto fixo, que visa proporcionar benefícios fiscais para quem trabalha na aposentadoria: "Esta é uma medida ofensiva que um dos nossos parceiros de coalizão solicitou e, portanto, a implementaremos." É claro que os custos e os efeitos distributivos também terão que ser cuidadosamente considerados.
O Conselho Nacional já aprovou a aposentadoria parcial. Uma regulamentação correspondente para os servidores públicos ainda está pendente. O sindicato já apresentou reivindicações correspondentes. Marterbauer está disposto a discutir o assunto, mas nenhuma promessa foi feita: "Ainda nem conversamos sobre isso, mas claramente não pode custar mais."
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