Nissan corta 15% de sua força de trabalho global enquanto montadora japonesa afunda em prejuízos

A Nissan afirma que cortará cerca de 15% de sua força de trabalho global, ou cerca de 20.000 funcionários, até o ano fiscal de 2027

TÓQUIO -- A Nissan está cortando cerca de 15% de sua força de trabalho global, ou cerca de 20.000 funcionários, já que a montadora japonesa relatou um prejuízo no ano fiscal que acabou de terminar em meio à queda nas vendas de veículos na China e em outros países.

A Nissan Motor Corp. disse que reduzirá o número de suas fábricas de automóveis de 17 para 10, sob o que chamou de seu plano de recuperação para executar "ações decisivas e ousadas para melhorar o desempenho e criar um negócio mais enxuto e resiliente que se adapte rapidamente às mudanças do mercado".

A montadora sediada em Yokohama disse que as tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre importações de automóveis também prejudicaram seus resultados.

A Nissan pretende reduzir seus custos em 250 bilhões de ienes (US$ 1,7 bilhão) durante o próximo ano fiscal, em comparação aos resultados fiscais de 2024, que acabaram em março.

A Nissan acumulou um prejuízo de 670,9 bilhões de ienes (US$ 4,5 bilhões) no ano fiscal encerrado em março, abaixo do lucro de 426,6 bilhões de ienes registrado no ano fiscal anterior.

Os custos de reestruturação também afetaram seus resultados financeiros. O diretor financeiro, Jeremie Papin, disse aos repórteres que a montadora enfrenta sérios desafios para se recuperar, mas enfatizou que tem caixa suficiente para isso.