Governo Trump revoga restrições à exportação de chips de IA para mercados estrangeiros

Respondendo a reclamações da indústria de tecnologia e de outros países, o Departamento de Comércio dos EUA revogou uma regra da era Biden que entraria em vigor na quinta-feira e que estabelecia limites ao número de chips de inteligência artificial que poderiam ser exportados para...

NOVA YORK — Respondendo a reclamações da indústria de tecnologia e de outros países, o Departamento de Comércio dos EUA revogou uma regra da era Biden que entraria em vigor na quinta-feira e que estabelecia limites ao número de chips de inteligência artificial que poderiam ser exportados para certos mercados internacionais sem aprovação federal.

“Esses novos requisitos teriam sufocado a inovação americana e sobrecarregado as empresas com novos e onerosos requisitos regulatórios”, declarou o Departamento de Comércio em sua orientação .

O presidente Joe Biden estabeleceu a estrutura de exportação pouco antes de deixar o cargo, na tentativa de equilibrar as preocupações com a segurança nacional em relação à tecnologia com os interesses econômicos dos produtores e de outros países. Embora os Estados Unidos já tivessem restringido as exportações para adversários como China e Rússia, alguns desses controles apresentavam brechas , e a regra teria estabelecido limites para um grupo muito mais amplo de países, incluindo os países do Oriente Médio que o presidente Donald Trump visitará esta semana .

A regra de Biden, que classifica mais de 100 países em diferentes níveis de restrições à exportação, atraiu forte oposição desses países, bem como de fabricantes de chips americanas como Nvidia e Advanced Micro Devices. Eles argumentaram que as restrições poderiam, na verdade, levar alguns países a recorrer à China em vez dos EUA para obter sua tecnologia de IA.

O que a regra de Biden fez "foi enviar uma mensagem a 120 nações de que elas não poderiam necessariamente contar conosco para fornecer a IA que elas querem e precisam", disse Brad Smith, presidente da Microsoft, em uma audiência no Senado dos EUA na semana passada.

O subsecretário de Comércio, Jeffery Kessler, disse na terça-feira que o governo do presidente Donald Trump trabalhará para substituir a regra, agora revogada, que buscava IA com "países estrangeiros confiáveis ​​ao redor do mundo, mantendo a tecnologia fora do alcance de nossos adversários". O governo afirmou que uma regra substituta será implementada no futuro, mas não informou o que a nova regra dirá.

A Comissão Europeia acolheu bem a mudança, disse o porta-voz Thomas Regnier, argumentando que a regra Biden, se entrasse em vigor, "minaria as relações diplomáticas dos EUA com dezenas de países, rebaixando-os a um status de segundo nível".

Os países da União Europeia devem poder comprar chips avançados de IA dos EUA sem limitações, disse Regnier.

“Cooperamos estreitamente, em particular na área da segurança, e representamos uma oportunidade econômica para os EUA, não um risco à segurança”, disse ele em um comunicado.