Trump promete combater o crime em Chicago 'rápido' após violento fim de semana do Dia do Trabalho

O governador de Illinois, JB Pritzker, deve dar uma entrevista coletiva na tarde de terça-feira.

Na terça-feira, o presidente Donald Trump voltou a mirar em Chicago ao sugerir que a intervenção federal é necessária para combater o crime.

Trump destacou a violência armada na cidade durante o fim de semana do Dia do Trabalho, quando oito pessoas foram mortas e mais de 50 ficaram feridas.

"Chicago é, de longe, a pior e mais perigosa cidade do mundo", escreveu Trump em sua rede social. "Pritzker precisa urgentemente de ajuda, mas ele ainda não sabe. Resolverei o problema da criminalidade rapidamente, assim como fiz em Washington, D.C. Chicago estará segura novamente, e em breve."

O governador de Illinois, JB Pritzker, um democrata, deve realizar uma entrevista coletiva às 16h (horário do leste dos EUA) na terça-feira à tarde para se dirigir aos moradores em meio a relatos de mobilizações federais em Chicago.

Pritzker e autoridades locais de Chicago rejeitaram o desejo de Trump de enviar tropas da Guarda Nacional para a cidade. Pritzker, durante uma aparição no programa "Face the Nation" da CBS News no domingo, disse que tal medida seria "antiamericana".

"Tropas da Guarda Nacional, qualquer tipo de tropa nas ruas de uma cidade americana, não tem lugar ali, a menos que haja uma insurreição, a menos que haja realmente uma emergência. Não há", disse Pritzker. Ele disse que, se tropas forem enviadas à cidade, isso equivaleria a uma "invasão".

Na segunda-feira, o prefeito democrata Brandon Johnson liderou o grito de "nada de tropas em Chicago" em uma marcha do Dia do Trabalho.

"Sem tropas federais na cidade de Chicago, sem força militarizada na cidade de Chicago", disse ele em declarações inflamadas. "Vamos defender nossa democracia na cidade de Chicago. Vamos proteger a humanidade de cada pessoa na cidade de Chicago."

Os crimes violentos em Chicago caíram significativamente no primeiro semestre do ano, de acordo com dados oficiais divulgados pela cidade. Os tiroteios caíram 37% e os homicídios, 32% em comparação com o primeiro semestre de 2024, enquanto o total de crimes violentos caiu mais de 22%, de acordo com as estatísticas criminais.

Uma autoridade dos EUA confirmou à ABC News no mês passado que o planejamento estava em andamento no Pentágono para o possível uso de tropas da Guarda Nacional em Chicago — uma área que Trump tem repetidamente destacado ao considerar enviar a Guarda para outras grandes cidades americanas após sua tomada federal de Washington.

Trump então pareceu recuar um pouco, dizendo que preferia que as cidades pedissem ajuda ao seu governo.

Mas no fim de semana, referindo-se a crimes recentes, Trump alertou Pritzker para "resolver isso, RÁPIDO, ou nós vamos embora!"

Enquanto isso, o governo está se preparando para um aumento nas operações de fiscalização da imigração em Chicago ainda esta semana, disseram fontes à ABC News.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, disse que a intenção era enviar mais recursos para Chicago, mas não divulgou detalhes.

"Não vou revelar os detalhes porque são policiais e investigadores que estão em campo, e quero garantir que a segurança deles seja nossa prioridade número um", disse Noem no programa "Face the Nation" no domingo. "Mas continuaremos a perseguir os piores dos piores em todo o país, como o presidente Trump nos disse para fazer, focando naqueles que estão perpetuando assassinatos, estupros e tráfico de drogas e pessoas em todo o nosso país, sabendo que cada cidadão merece estar seguro."

Luke Barr, Michael Pappano e Bill Hutchinson, da ABC News, contribuíram para esta reportagem.