Farmacêuticas multinacionais anunciam investimento de US$ 600 mi no México

As farmacêuticas multinacionais AstraZeneca, Bayer e Boehringer Ingelheim, além do laboratório mexicano Carnot, anunciaram, nesta quinta-feira (7), investimentos no México que somam 600 milhões de dólares (3,28 bilhões de reais).
Esses investimentos se somam aos já anunciados nos últimos meses por empresas como a cervejeira Heineken, a varejista Walmart e a Netflix, em meio às tensões comerciais do México com o governo do presidente americano, Donald Trump.
O setor farmacêutico é “uma alta prioridade para a presidente (Claudia Sheinbaum), principalmente por seu impacto no mundo” e na saúde dos mexicanos, disse o secretário de Economia, Marcelo Ebrard, ao anunciar os investimentos junto aos diretores das empresas.
Os desembolsos dessas quatro empresas estão focados “em expandir sua capacidade produtiva e tecnológica e exportar”, explicou o secretário de Saúde, David Kershenobich, na habitual coletiva de imprensa matinal de Sheinbaum.
A alemã Bayer destinará cerca de 160 milhões de dólares (876 milhões de reais) nos próximos cinco anos ao crescimento de sua produção de ingredientes ativos, afirmou seu diretor para o México, Manuel Bravo.
A Boehringer Ingelheim fará um investimento nos próximos anos de 187 milhões de dólares (1,02 bilhão de reais) para transformar sua planta de produção de comprimidos em Xochimilco, no sul da Cidade do México, na “maior do mundo”, assegurou seu diretor para México, América Central e Caribe, Augusto Muench.
A britânica AstraZeneca ampliará seu centro de inovação e tecnologia no país, além de suas instalações de manufatura que produzem medicamentos para diabetes tipo dois e doença renal crônica. Com um investimento de 120,7 milhões de dólares (661 milhões de reais) até 2026, aumentará suas atividades de pesquisa clínica, acrescentou seu presidente local, Julio Ordaz.
O diretor do laboratório mexicano Carnot, Edmundo Jiménez, anunciou a construção de uma nova fábrica no estado central de Hidalgo, no valor de 187 milhões de dólares (1,02 bilhão de reais), em cinco anos.
A indústria farmacêutica está sob pressão de Donald Trump, que exige a redução de seus preços e ameaça impor taxas progressivas de até 250% às importações deste setor.
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IstoÉ