PIB deve ser investido na "vida das pessoas" e não "na guerra"

© PCP

O líder comunista falou aos jornalistas no final de uma sessão pública sobre o nordeste transmontano, naquele concelho do distrito de Bragança, onde considerou que o país não tem recursos ilimitados, mas que tem os meios suficientes para melhorar a vida das pessoas e obras fundamentais avançar, sendo preciso fazer opções.
"(...) Nós temos duas opções: ou investimos 5% do Produto Interno Bruto (PIB) na guerra, ou investimos o dinheiro necessário para melhorar a vida das pessoas. É um princípio terrível", considerou o secretário-geral.
Paulo Raimundo continuou dizendo que poderia ser compreensível investir mais no setor por motivos como melhorar as oficinais de material militar, ajudar os ex-combatentes ou incrementar os atuais salários e condições de trabalho do ramo.
"Ainda se fosse assim, estamos disponíveis para isso. Achamos importante. A ideia de caminhar para a loucura de 5% do PIB é apenas para responder às vontades daqueles que querem vender material de guerra", rematou o dirigente.
A sessão decorreu na estação ferroviária desativada, agora convertida em Estação das Artes, um espaço cultural, e serviu de pontapé de saída na região para as eleições autárquicas, com a presença de vários candidatos do distrito, incluído a candidata por Mirandela, Vera Correia.
Paulo Raimundo disse que a escolha do local acabou por ser um "ato de resistência", porque o partido acredita que o Sistema de Mobilidade do Tua ainda possa ser uma realidade e que o comboio possa regressar.
Perguntado antes sobre esse tema, que usou para engrenar na questão dos recursos nacionais e da necessidade de opções que possam servir as populações, lembrou e que, até à presente data, "não foi feito nada".
O plano deveria ter entrado em funcionamento em março 2017, como contrapartida da construção da barragem de Foz-Tua, repondo a circulação ferroviária entre a zona do empreendimento até Mirandela e o investimento de 10 milhões de euros.
"As explicações do Ministério [das Infraestruturas], mas até nos podiam ter convencido. Do ponto de vista concreto, é que não avançou nada (...)", reiterou Paulo Raimundo.
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