PF mira operador que comprou carros com desvios do INSS

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PF mira operador que comprou carros com desvios do INSS

PF mira operador que comprou carros com desvios do INSS

PF mira operador que comprou carros de luxo com desvios do INSS (Foto: Divulgação/PF)

A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (14), mais dois mandados de busca e apreensão em Presidente Prudente (SP), em uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura desvios do INSS. Os alvos são ligados a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais do Brasil (Conafer), uma das entidades envolvidas no escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os suspeitos seriam os operadores do esquema e teriam utilizado a compra de veículos para fazer a lavagem de dinheiro.

A Gazeta do Povo tentou contato com a Conafer sobre os mandados da Polícia Federal, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.

A operação investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões que teriam ocorrido entre 2019 e 2024. As fraudes envolvem descontos que chegam a R$ 6,3 bilhões.

De acordo com a PF, os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal. "O objetivo desta fase é apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas, suspeito de ter adquirido veículos de alto valor com recursos oriundos da fraude aos aposentados", afirmou a PF em nota.

De acordo com as investigações, a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais do Brasil (Conafer) teria recebido R$ 100 milhões do Fundo do Regime Geral da Previdência Social.

Ao ser contatada, logo após a divulgação da Operação Sem Desconto, a Confederação divulgou nota afirmando confiar na Justiça. "Em relação às recentes questões envolvendo a presidência do INSS, a Conafer observa o desdobramento do inquérito com serenidade, confiando no sistema Judiciário. É importante ressaltar que a receita do INSS representa apenas 11% do total da entidade", diz a nota.

A Confederação foi uma das quatro entidades que, apesar de ter sido citadas pela Polícia Federal, foi deixada de fora dos bloqueios de bens por fraudes no INSS. Na decisão da Advocacia-Geral da União (AGU) 12 entidades e dirigentes tiveram pedidos de bloqueio de bens no valor de R$ 2,5 bilhões para fazer o ressarcimento às vítimas da fraude.

A descoberta das fraudes contra os aposentados e pensionistas já motivou a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto e a queda do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT). Para o seu lugar, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou Wolney Queiroz, que até então era o secretário-executivo da pasta.

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