Investidores pregam cautela diante de recuo na guerra comercial

Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

Portugal

Down Icon

Investidores pregam cautela diante de recuo na guerra comercial

Investidores pregam cautela diante de recuo na guerra comercial

Estados Unidos e a China anunciaram um recuo temporário na guerra comercial. A diminuição nas tarifas por noventa dias causou reações positivas do mercado financeiro, mas investidores ainda temem os próximos capítulos dessa saga.

Os três índices de Nova York subiram logo depois do anúncio da trégua feito na manhã dessa segunda-feira. A Nasdaq foi o maior destaque, com alta de mais de 4%, seguida pelo S&P 500, que subiu 3%, e o Dow Jones — que ultrapassou os 42 mil pontos.

As bolsas da Alemanha, Japão e China chegaram a ultrapassar os valores de primeiro de abril, véspera do anúncio das tarifas universais de Donald Trump. O FTSE 100, do Reino Unido, também subiu, mas ficou abaixo do valor daquele dia.

O mercado viu a mudança de postura das duas potências com bons olhos, mas ainda teme a imprevisibilidade das decisões de Trump. O setor espera um detalhamento dos próximos passos sobre as tarifas e novos avanços nas negociações tanto com Pequim quanto com outros países.

A medida é um recuo de Trump, que afirmava que não iria reduzir as taxas contra a China. Depois do acordo desta segunda, o republicano já adiantou que os impostos para produtos chineses não devem retornar ao patamar dos 145%, mesmo com possíveis impasses comerciais.

“Não estamos tentando prejudicar a China. A China estava sendo muito prejudicada. A relação é muito, muito boa. Eu vou conversar com o presidente Xi no final dessa semana.”, afirmou Donald Trump.

Desde o dia quatro de fevereiro, Trump impôs tarifas contra a China — ou seja, para mercadorias produzidas no país — cinco vezes.

As duas primeiras, de 20%, vieram como retaliação ao que o governo americano chama de “inação de Pequim” para frear a entrada de fentanil nos Estados Unidos. Em dois de abril, Trump anunciou mais 34% para os produtos chineses — totalizando 54%. Poucos dias depois, com as retaliações de Xi Jinping, as tarifas saltaram para 145%.

Segundo o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, nenhum dos dois lados quer que as conexões sejam desfeitas. “Nós queremos comércio, queremos um comércio mais equilibrado, e acho que ambos os lados estão comprometidos em alcançar isso.”, disse Bessent.

Nas negociações ocorridas em Genebra, na Suíça, os dois lados concordaram com uma redução nas taxas por noventa dias. Os cortes foram de 115% para ambos. Nos Estados Unidos, foram mantidas as chamadas “tarifas do fentanil”, de 20%, e apenas 10% nas tarifas universais. Na China, os impostos contra os americanos serão de 10%.

Além disso, medidas “não tarifárias” de Pequim contra empresas, por exemplo, também serão suspensas ou removidas. Conversas para um acordo mais amplo serão feitas ao longo dos próximos três meses. As mudanças tarifárias passam a valer já nesta quarta-feira.

CNN Brasil

CNN Brasil

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow