Israel aprova plano militar para ocupar cidade de Gaza

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Para além do plano militar para ocupar a Cidade de Gaza, o gabinete de segurança de Israel aprovou ainda “cinco princípios” para pôr fim à guerra, avançou a Al Jazeera.
São eles: o desarmamento de Hamas; o retorno de todos os reféns (vivos e mortos); a desmilitarização da Faixa de Gaza; o controlo de segurança do enclave; e o estabelecimento de uma administração civil alternativa que não seja nem o Hamas nem a Autoridade Palestiniana.
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O líder da oposição israelita, Yair Lapid, afirmou hoje que a decisão do governo israelita de ocupar a Cidade de Gaza, onde vive um milhão de habitantes, “é um desastre que conduzirá a muitos mais desastres”.
Lapid afirmou na sua conta na rede social X que a decisão do Executivo israelita está “em completa contradição com a opinião do Exército e dos funcionários de segurança” e que não leva em consideração “o desgaste e a exaustão das forças combatentes”.
O líder da oposição considerou que os dois ministros ultranacionalistas e colonos israelitas — o das Finanças, Bezalel Smotrich, e o da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir — levaram o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a tomar uma decisão que “levará meses” e “conduzirá à morte dos reféns e de muitos soldados”.
Além disso, disse ainda, esse plano “custará aos contribuintes israelitas dezenas de milhões e levará a um colapso político”.
“Isso é exatamente o que o Hamas queria: que Israel ficasse preso num território, sem objetivo, sem definir o panorama para o dia seguinte, numa ocupação inútil, que ninguém entende onde leva”, afirmou.
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O Gabinete de Segurança do Governo de Israel aprovou esta madrugada um plano militar proposto pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para ocupar a cidade de Gaza, no norte do enclave.
Após cerca de dez horas de reunião, o Governo israelita divulgou um comunicado onde expõe o plano de Netanyahu para “derrotar o Hamas”, que inclui ocupar a cidade de Gaza, sem esclarecer o que acontecerá com o resto do enclave, apesar de o primeiro-ministro ter declarado a intenção de estender a operação a toda a Faixa antes de iniciar a sessão de debate com o gabinete.
“As Forças de Defesa de Israel (FDI) preparar-se-ão para assumir o controlo da cidade de Gaza, garantindo ao mesmo tempo a prestação de ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate”, especifica o comunicado.
O governo também garante que o gabinete adotou “por maioria de votos” cinco princípios para terminar a guerra: desarmar o Hamas, o regresso de todos os reféns com ou sem vida, a desmilitarização da Faixa de Gaza, o controlo israelita da segurança na Faixa de Gaza e o estabelecimento de uma “administração civil alternativa” para o enclave, que não seja nem do Hamas nem da Autoridade Palestiniana, que atualmente governa partes da Cisjordânia ocupada.
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Bom dia,
Iniciamos aqui um novo dia de cobertura jornalística da guerra no Médio Oriente. Pode ver o que se passou ontem neste artigo em direto.
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observador