Costa não vê disponibilidade da Rússia para cessar-fogo

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As autoridades russas estão a planear iniciar a extração de gás do Mar de Azov, evidenciando, para tal, dados geológicos da era soviética. A informação é divulgada por funcionários ucranianos ao Suspilne, citado pelo The Kyiv Independent.
De acordo com a Administração Militar Municipal de Berdiansk, a Agência Federal de Recursos do Subsolo da Rússia (Rosnedra) anunciou planos para explorar e possivelmente desenvolver campos de gás como os depósitos de Morske, Pivnichno-Kazantypske e Skhidno-Kazantypske.
“A Rússia declarou a existência de reservas comerciais de gás no Mar de Azov, referindo-se aos arquivos soviéticos que enumeram 22 estruturas de petróleo e gás”, disse ao Suspilne Ksenia Kleshchenko, chefe interina das comunicações da administração de Berdiansk.
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Os EUA estão a suspender algumas remessas de armas com destino à Ucrânia devido à preocupação de que os seus próprios stocks tenham diminuído demasiado. A informação é avançada por autoridades norte-americanas esta terça-feira, citadas pela Associated Press.
Em causa estão munições prometidas ao país em guerra durante a administração de Joe Biden para ajudar as suas defesas durante a guerra de mais de três anos.
“Esta decisão foi tomada para colocar os interesses da América em primeiro lugar, após uma revisão do apoio militar e da assistência da nossa nação a outros países em todo o mundo”, disse a porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, num comunicado.
“A força das Forças Armadas dos EUA permanece inquestionável – basta perguntar ao Irão”, acrescenta-se na mesma nota.
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António Costa, presidente do Conselho Europeu, defende que o bloco comunitário deve continuar a pressionar o Kremlin com mais sanções pois “não há no horizonte” disponibilidade da Rússia para negociar um cessar-fogo com vista à paz na Ucrânia.
“A Rússia recusou o cessar-fogo, a Rússia recusou participar em alto nível nos esforços de negociação e a Rússia tem, aliás, intensificado os ataques à Ucrânia e, portanto, isso significa que não parece que esteja no horizonte da Rússia a predisposição para negociar a paz”, recorda António Costa, em entrevista à agência Lusa em Bruxelas.
“O ideal era a guerra não ter começado, o segundo ideal era a guerra acabar no próximo segundo, [mas] a realidade é que, apesar do apoio que todos temos dado aos esforços do Presidente [norte-americano, Donald Trump para procurar um acordo de paz, esses esforços não têm tido a menor correspondência do lado da Rússia.”
Numa altura em que a UE está prestes a aprovar o seu 18.º pacote de sanções à Rússia pela guerra da Ucrânia, António Costa defende que o bloco comunitário deve “não só continuar a apoiar a Ucrânia, como […] aumentar a pressão sobre a Rússia”.
“Esta tem de ser uma pressão global para poder ter eficácia”, considera.
Apesar de a guerra persistir, António Costa vinca que as sanções europeias estão a funcionar dada a “situação de grande debilidade” da economia russa.
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A Rússia perdeu 1 022 090 soldados na Ucrânia desde o início da sua invasão em grande escala, que remonta a 24 de fevereiro de 2022, informa o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia esta quarta-feira, citado pelo The Kyiv Independent.
O número inclui mortes e feridos. Para a contagem entram as 1110 mortes que se registaram entre as forças russas apenas nas últimas 24 horas.
De acordo com o mesmo relatório, a Rússia perdeu no conflito 10.985 tanques, 22.931 veículos blindados de combate, 53.786 veículos e tanques de combustível, 29.794 sistemas de artilharia, 1.427 sistemas de foguetes de lançamento múltiplo, 1.191 sistemas de defesa aérea, 420 aviões, 340 helicópteros, 43.013 drones, 3.436 mísseis de cruzeiro, 28 navios e barcos e um submarino.
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Bom dia e bem vindo a este novo liveblog em que durante esta quarta-feira vamos atualizar ao minuto os desenvolvimentos da Guerra na Ucrânia.
Pode ver, ou rever, tudo o que se passou nesta terça-feira neste link.
observador