Legalização da maconha, aborto e casamento homoafetivo: veja reformas sociais feitas por Mujica no Uruguai
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José "Pepe" Mujica deixou marcos no Uruguai ao longo de sua presidência. Morto aos 89 anos nesta terça-feira, 13, após lutar contra um câncer no esôfago, Mujica aprovou reformas sociais "polêmicas" entre as nações de todo o mundo.
O ex-político esteve à frente da presidência do Uruguai de 2011 a 2015. Depois de deixar o cargo, ele se tornou senador, posto que ocupou até 2018. Durante seu governo, Mujica legalizou a maconha, o aborto e aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Nascido em 20 de maio de 1935, em Montevidéu, Pepe integrou o Movimento de Liberação Nacional Tupamaros. O grupo guerrilheiro atuava em assaltos a bancos, distribuindo dinheiro para a população pobre da capital uruguaia. As pautas sociais sempre estiveram na prioridade de sua gestão.
Veja abaixo os principais marcos de Mujica no Uruguai.
Legalização do abortoEm 2012, o Uruguai se tornou o primeiro país da América Latina a descriminalizar o aborto até o primeiro trimestre de gestação. A lei também autorizou o aborto em casos de riscos à saúde da mulher, de estupros ou má-formação do feto, tornando obrigatório que todas as instituições de saúde forneçam serviços de aborto e prestem o auxílio necessário à gestante.
Casamento homoafetivoEm 2013, o Parlamento uruguaio aprovou a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O país se tornou o segundo da América Latina a liberar a união entre casais homoafetivos, atrás apenas da Argentina, que promulgou a mesma lei em 2010.
Liberação da maconhaA pauta mais polêmica durante a presidência de Mujica levou o Uruguai ao posto de primeiro país do mundo a legalizar o uso pessoal de maconha em 2013. Segundo Mujica, o objetivo era tentar combater o tráfico ilegal de drogas. A legalização da maconha, com o controle do Estado, permite, por exemplo, que a população cultive suas próprias plantações e autoriza a venda de cannabis em farmácias.
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