Polônia terá mais tanques que Reino Unido, Alemanha, França e Itália juntos após assinar novo acordo com a K2

A Polônia assinou um acordo de US$ 6,7 bilhões (25,1 bilhões de zlotys) para comprar mais 180 tanques K2 sul-coreanos, incluindo 61 que serão fabricados na própria Polônia.

A compra marca a mais recente etapa da rápida expansão militar da Polônia. Após a conclusão do acordo, até 2030, a Polônia operará cerca de 1.100 tanques, número superior ao da Alemanha, França, Reino Unido e Itália juntos.

A Polônia começou a comprar tanques K2 da Coreia do Sul em 2022, sob o antigo governo Lei e Justiça (PiS), com as primeiras unidades começando a chegar em dezembro daquele ano.

O novo contrato inclui 180 tanques, 81 veículos de apoio, um pacote logístico, treinamento, um programa completo de serviços e reparos e uma cláusula de transferência de tecnologia.

“A Polônia está ganhando capacidade para produzir os tanques”, disse o ministro da defesa Władysław Kosiniak-Kamysz na cerimônia de assinatura em Gliwice, confirmando que 61 das unidades serão produzidas na fábrica de Bumar-Łabędy, onde o acordo foi finalizado.

A assinatura ocorre quase um ano depois do previsto inicialmente. Kosiniak-Kamysz reconheceu o atraso, afirmando que as negociações foram longas, mas que, no final das contas, resultaram em "condições financeiras muito melhores do que se tivéssemos assinado este acordo no ano passado".

O Rzeczpospolita , um importante jornal polonês, observa que o anúncio de hoje significa que a Polônia terá mais de 950 tanques modernos até 2030 – incluindo 360 K2s, 366 Abrams americanos e 235 Leopards alemães . Somados aos 150 tanques PT-91 Twardy fabricados na Polônia na década de 1990, o total chega a mais de 1.100.

Em comparação, Alemanha, França, Itália e Reino Unido possuem um total combinado de menos de 950 tanques, de acordo com a Global Firepower, que reúne dados sobre a força das forças militares. Entre eles, apenas a Alemanha busca ativamente a expansão de suas forças blindadas, relata o Rzeczpospolita .

Dentro da OTAN, a Turquia (2.238) e a Grécia (1.344) têm mais tanques. No entanto, muitos deles têm décadas de uso, observa o Rzeczpospolita , e os altos números refletem as tensões entre Ancara e Atenas, mas têm pouco impacto no flanco oriental da OTAN.

Desde a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022, a Polônia embarcou em uma onda de gastos militares sem precedentes. A Polônia aumentou seu orçamento de defesa para 4,7% do PIB este ano, de longe o nível relativo mais alto da OTAN .

A Polônia fez compras substanciais da Coreia do Sul, incluindo lançadores de foguetes de artilharia K239 Chunmoo , aeronaves de combate leve FA-50 e obuses autopropulsados K9.

Uma parcela significativa dos gastos com defesa também foi destinada a fabricantes americanos. Além dos tanques Abrams, a Polônia também assinou acordos para helicópteros Apache , lançadores de artilharia HIMARS , sistemas de defesa antimísseis Patriot e dirigíveis de reconhecimento por radar .

Crédito da imagem principal: Karol Frankowski/MON (sob CC BY-NC-ND 3.0 PL )