Pai quer entregar filho com síndrome de Asperger. Ele não consegue lidar com isso
O site wyborcza.pl apresenta a história dramática. Tomek foi entregue a uma nova família quando tinha apenas seis meses de idade. Em 2011, um tribunal em Cracóvia decidiu que ele era adotado, e o menino se tornou um membro pleno de sua nova família.
O pai de Tomek quer devolver o menino. O tribunal precisa tomar uma decisão.Seus pais lhe deram um novo nome e sobrenome, e a princípio tudo parecia bem. No entanto, o destino não foi gentil com a família. Em 2021, quando Tomek tinha apenas 10 anos, sua mãe adotiva faleceu . A partir daquele momento, as coisas começaram a ficar dramaticamente mais complicadas.
Após a morte da esposa, o pai de Tomek teve dificuldades para criar o menino. O adolescente começou a apresentar sérios problemas de comportamento — fugas, conflitos domésticos e até intervenções policiais tornaram-se comuns. Tomek logo foi diagnosticado com síndrome de Asperger, o que complicou ainda mais a situação. O menino desenvolveu um fascínio obsessivo pelas forças armadas e seu comportamento tornou-se cada vez mais agressivo.
"Tive que sair de casa com medo pela minha vida", escreveu o pai, citado pelo wyborcza.pl, em seu processo para encerrar a adoção.
Ele alega que, apesar das tentativas de melhorar o relacionamento, Tomek não está disposto a cooperar e a situação se tornou insuportável para ele.
Em dezembro de 2023, o pai de Tomek entrou com uma ação judicial para encerrar sua adoção. Ele quer que o menino retorne ao seu sobrenome original. Na ação, ele citou "o rompimento permanente e completo do relacionamento de adoção", inúmeros conflitos, bem como a falta de vínculo e a atitude negativa do filho.
No entanto, a questão não é simples. Ao tomar uma decisão, o tribunal deve considerar, em primeiro lugar, o melhor interesse da criança. Especialistas enfatizam que dificuldades parentais, mesmo as mais graves, raramente são motivos suficientes para a dissolução de uma adoção.
Tomek está atualmente em um orfanato. Infelizmente, os especialistas não deixam dúvidas: suas chances de ser adotado novamente são praticamente nulas.
"Considerando sua idade, déficits de desenvolvimento e histórico traumático, é difícil imaginar alguém adotando-o", explica Joanna Gabańska, diretora do Centro de Adoção da Sociedade dos Amigos das Crianças em Cracóvia, em entrevista ao portal.
O pai do menino alega que não recebeu apoio suficiente de instituições públicas. Ele alega que, quando pediu ajuda em 2022, em vez de receber apoio, recebeu um pedido para limitar sua autoridade parental. No entanto, a equipe do MOPS discorda, garantindo à família que recorreu a uma assistente social. No entanto, eles não podem discutir os detalhes do caso.
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