Eles examinaram restos humanos de 4.000 anos atrás e descobriram uma doença rara.

Como ressalta Charlotte Avanzi, da Universidade Estadual do Colorado, estudar os restos mortais ajudará a entender como uma certa doença, que antes era sinônimo de exclusão da sociedade para muitas pessoas e agora é relativamente fácil de curar, se espalhou pelos Estados Unidos.
Os homens adultos cujos restos mortais foram escavados em Cerrito e La Herradura (no norte do país) sofriam de uma doença causada pela bactéria Mycobacterium lepromatosis.
A descoberta chilena mudará tudo? Os cientistas não perceberam isso.Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Nature Ecology and Evolution. Como parte do trabalho arqueológico e antropológico, foram realizadas análises biológicas em ossos de nativos que, como se descobriu, sofriam de hanseníase, ou lepra. A bactéria que a causa evoluiu separadamente em dois continentes, em lados opostos do globo, relata a Live Science.
No passado, os doentes eram excluídos da sociedade. Eram alvo de críticas e forçados a viver fora dos assentamentos habitados por indivíduos saudáveis. Seu cotidiano era repleto de sofrimento físico e mental, desde lesões cutâneas com coceira até membros dormentes e agressões direcionadas aos infectados.
Cientistas acreditavam anteriormente que o M. leprae tinha origem na Eurásia. No entanto, pesquisas recentes fornecem evidências de que a bactéria também pode ter surgido nas Américas. No entanto, não há certeza de que a hanseníase tenha se originado naquele continente. "Até o momento, as evidências apontam para uma origem americana, mas, para termos certeza, precisamos de mais genomas de outros períodos e contextos", enfatiza Kirsten Bos, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva. É possível que a bactéria tenha atacado inicialmente animais e só mais tarde se espalhado para humanos, teorizam os pesquisadores em "NEE".
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Wprost