Felipe Contepomi e sua visão autocrítica do Los Pumas: "Mal conseguimos passar da metade do segundo tempo; a defesa dos garotos foi louvável."

"Estávamos lá, só nos faltou o último chute que eles tiveram", lamentou Felipe Contepomi na coletiva de imprensa. "Tivemos lá" não se refere a nenhuma chance específica ou à soma de várias, mas sim a um placar que ficou empatado durante boa parte do segundo tempo, com a Inglaterra incapaz de fechar o placar. A chance poderia ter sido de qualquer um que tivesse tido, mas não aconteceu, e no final, a chance foi para a Inglaterra, que, ao contrário da Argentina, manteve seu jogo e acabou vencendo. Número 14 nos últimos 15 jogos .
Contepomi fez um esforço notável para não demonstrar amargura. Derrotas o deixavam muito chateado. Ao explicar o desempenho de seus comandados, ele fez uma autocrítica que costuma guardar para si. "No segundo tempo, eles nos atacaram muito. Praticamente não passamos da linha do meio-campo. O trabalho (defensivo) dos meninos é muito louvável", observou, destacando uma força que emergiu daquilo que o adversário gerou.
“A segunda tentativa do primeiro tempo foi um planejamento de uma semana que deu certo, e isso é bom. Fiquei com as coisas que deram certo em alguns momentos. Preciso assistir ao jogo novamente, mas não há dúvida de que, embora eu consiga ver algumas coisas, se você quiser chamá-las de 'positivas', também há muitas coisas para melhorar”, disse ele antes de apontar os aspectos negativos.
Porque se os Pumas tivessem dado o "golpe final" que a Inglaterra deu e vencido a partida, o resultado teria encoberto alguns dos erros que ficaram mais evidentes com a derrota. Comparado com a primeira partida da janela de transferências de julho, em La Plata, também contra La Rosa, as melhorias podem ser encontradas com mais facilidade. A atitude foi diferente, e a diferença (no placar) só apareceu no final.
“Sempre há erros. A gente convive com isso, é assim. Mas acho que no segundo tempo não nos permitimos testar o que tínhamos trabalhado quando saímos do nosso campo e cometemos pênaltis com muita facilidade. Acho que há pênaltis evitáveis que temos que tentar cometer. Todos sabemos disso; não é novidade. Também temos que melhorar nossas bolas paradas, não só o scrum, mas também nossos chutes, escolhendo os melhores momentos para tentar”, listou ele sem rodeios.
O domínio da Inglaterra sobre o Los Pumas — o que na vizinhança é chamado de "ter um filho" — é notável. E embora Contepomi saiba que existem times fortes como Nova Zelândia e África do Sul, ele reconheceu que La Rosa é difícil de derrotar. "Com a Inglaterra, fica complicado quando eles estão em vantagem no placar, como aconteceu no sábado passado. Eles são muito pragmáticos, jogam do jeito que sabem. Nesse sentido, são como a África do Sul: lutam até o último segundo, como hoje", concluiu o técnico.
Clarin