Governo Trump encerrará proteções de deportação para afegãos
O governo Trump está encerrando um programa que oferecia proteção de deportação para milhares de pessoas do Afeganistão .
O Departamento de Segurança Interna informou na segunda-feira que encerrará o Status de Proteção Temporária para afegãos em 12 de julho. O programa TPS permite que migrantes obtenham autorizações de trabalho e suspensão temporária da deportação se o governo dos EUA determinar que não é seguro para eles retornarem aos seus países de origem devido a guerra, desastre natural ou outros problemas.
Mais de 8.000 afegãos foram aprovados para o TPS no ano passado, de acordo com estatísticas federais . O TPS foi prorrogado pela última vez para o Afeganistão em 2023 e estava previsto para expirar em maio, a menos que o governo Trump decidisse conceder outra prorrogação.
Quando o governo Biden estendeu o programa para o país, as autoridades citaram uma crise humanitária desde a tomada do poder pelo Talibã em 2021, incluindo o colapso da economia do Afeganistão, abusos de direitos humanos pelo Talibã e a ameaça de ataques terroristas por uma ramificação local do Estado Islâmico.
"Este governo está devolvendo o TPS à sua intenção temporária original", disse a Secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em um comunicado na segunda-feira. "O Afeganistão teve uma situação de segurança melhorada, e sua economia em estabilização não os impede mais de retornar ao seu país de origem."
O programa TPS afegão é separado dos "vistos especiais de imigração" mais permanentes emitidos para afegãos que trabalharam para os militares dos EUA durante sua guerra de 20 anos no Afeganistão, que terminou abruptamente em 2021 com a invasão do país pelo Talibã.
A dissolução do TPS atraiu duras críticas dos defensores.
"Esta decisão é inaceitável e terá efeitos duradouros", disse #AfghanEvac, um grupo que ajuda a realocar afegãos, em uma publicação no X.
O governo Trump também tentou reverter o TPS para a Venezuela , que se aplica a mais de 300.000 pessoas, mas um juiz interrompeu a medida em março e argumentou que ela era "baseada em estereótipos negativos". O governo está pedindo que a Suprema Corte intervenha .
Joe Walsh é editor sênior de política digital na CBS News. Anteriormente, Joe cobria notícias de última hora para a Forbes e notícias locais em Boston.
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