Desertos Médicos: Senado Regulamenta Posse de Médicos e Valida o "Pacto" de Bayrou

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Desertos Médicos: Senado Regulamenta Posse de Médicos e Valida o "Pacto" de Bayrou

Desertos Médicos: Senado Regulamenta Posse de Médicos e Valida o "Pacto" de Bayrou

Incentivo, regulamentação, coerção ou liberdade de estabelecimento? Longas horas de debate na câmara alta confrontaram opiniões sobre um tema polêmico: a desertificação médica. Poucos dias depois de o primeiro-ministro apresentar um plano para fortalecer o acesso aos profissionais, suas propostas já estão tomando forma no Parlamento, em um projeto de lei do senador republicano Philippe Mouiller.

Este texto foi adotado em grande parte na íntegra à noite, apesar das numerosas abstenções da esquerda, antes de sua transmissão à Assembleia Nacional. A principal medida do governo, recebida com certa frieza pelos médicos, visa estabelecer uma "missão obrigatória de solidariedade territorial", ou seja, exigir que todos os médicos que atuam em áreas bem abastecidas se "projetem" em áreas prioritárias, até dois dias por mês.

A filosofia do governo? "Pedir pouco a um grande número de médicos, em vez de pedir muito a poucos médicos", resumiu o Ministro da Saúde, Yannick Neuder. Essa medida, proposta pelo governo por meio de emenda, foi aprovada pelo Senado.

Mas muitas autoridades eleitas criticaram a imprecisão em torno de sua implementação: penalidades financeiras, perímetro de áreas pouco povoadas, substituições em cargos, etc.

As modalidades devem ser esclarecidas por decreto. Essa “missão emergencial” deverá ser coordenada com um mecanismo de origem senatorial que terá como objetivo a instalação de médicos e que também será especificado por decreto.

A ideia do Senado é condicionar a instalação de médicos generalistas em áreas bem abastecidas à sua atuação paralela, em regime de meio período, em áreas com escassez de cuidadores, por meio de um consultório secundário, por exemplo.

Para os especialistas, a instalação em uma área bem abastecida estaria condicionada à permanência na mesma especialidade, com exceção caso o especialista concorde em atuar também em meio período em uma área afetada por dificuldades de acesso a cuidados. Cabe ressaltar que, neste caso, o médico recém-nomeado não será obrigado, além disso, a participar da “missão solidária” proposta pelo executivo.

"A supervisão equilibrada das instalações capacitará os médicos e reduzirá as desigualdades no acesso aos cuidados", argumentou a senadora Corinne Imbert (LR), relatora deste texto.

Medidas mais restritivas rejeitadas

Essas medidas, resultados de um acordo entre o Senado e o governo, competem com um texto muito mais coercitivo adotado pela Assembleia Nacional por iniciativa do socialista Guillaume Garot, apesar da oposição do governo. Um setor da esquerda e alguns representantes eleitos centristas no Senado tentaram, então, introduzir medidas semelhantes ao texto de Guillaume Garot, que eram mais restritivas, mas todas foram rejeitadas.

O socialista Jean-Luc Fichet denunciou uma "reação negativa" à proposta dos parlamentares, "convenientemente tirada do chapéu", mas "sem preocupação com a eficácia". Por outro lado, outras vozes sentiram que o texto foi longe demais na regulamentação dos profissionais, em vez de resolver a escassez de médicos. “A regulação só pode ser feita quando conseguimos distribuir!” A centrista Elisabeth Doineau ficou irritada e chamou as medidas de "miragem".

SudOuest

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