Agricultura. Doença de pele nodular: 100 mil bovinos vacinados e mil abatidos em um mês

O primeiro caso da doença foi detectado em 29 de junho na Saboia. Cinquenta e um surtos já foram detectados.
Um terço dos 310.000 bovinos afetados foram vacinados contra a dermatite nodular contagiosa, uma doença viral que levou ao abate de mil bovinos em Savoie e Haute-Savoie no mês passado, anunciou o Ministério da Agricultura na quinta-feira.
O primeiro caso foi detectado em 29 de junho na Saboia, antes da rápida disseminação da doença, que não é transmissível aos humanos. Até o momento, 51 surtos foram identificados em 31 fazendas nos dois departamentos. Destes, 49 já foram "despovoados", e o abate dos dois últimos está em andamento, informou o ministério em uma coletiva de imprensa, estimando o número de animais abatidos em cerca de 1.000.
Animais em edifícios prioritáriosPara impedir a propagação da doença de pele nodular (DNP), transmitida por insetos que picam, o governo lançou uma grande campanha de vacinação em 18 de julho, visando 310.000 cabeças de gado nos dois departamentos de Savoie e nos departamentos vizinhos de Ain e Isère.
Um terço do gado em questão foi vacinado em pouco menos de duas semanas, mas o ministério esclareceu que não é possível fazer uma projeção de "taxa de vacinação linear", uma vez que os animais em instalações, e portanto de fácil acesso, são vacinados prioritariamente, e que será necessário então abordar as áreas de pastagem de verão, que são de acesso mais difícil nessas regiões montanhosas. "A taxa será, em princípio, mais lenta", acrescentou o ministério, saudando a mobilização de veterinários e estudantes que vieram ajudar.
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Segundo Christian Convers, secretário-geral da Coordenação Rural e criador em Saboia, o número de animais abatidos está próximo de 2.000. A Confederação Camponesa também estima o abate de mais de 1.500 vacas "no final da semana passada", segundo sua porta-voz, Fanny Métrat.
O abate sistemático de animais gerou forte comoção entre os agricultores. Isso levou ao bloqueio de diversas fazendas no início da epidemia para impedir a eutanásia. A Confederação Camponesa e a Coordenação Rural pediram uma estratégia de abate seletivo, que o ministério descartou novamente na quinta-feira.
Com o calor favorecendo moscas e mutucas, "estamos em uma fase de crescimento da doença [...] o objetivo é reduzir o pico epizoótico", explica o ministério. "Se fizermos apenas o abate parcial, mantemos reservatórios insidiosos da doença (animais que carregam a doença, mas não a desenvolvem). Isso é amplamente documentado e é por isso que [...] os cientistas foram unânimes nessa estratégia", acrescentou. O ministério também descarta uma estratégia baseada em exames de sangue, argumentando que, portanto, o vírus não é detectado sistematicamente.
Dispositivos de suporteReconhecendo a severidade do sistema, o ministério reiterou a importância de "fortalecer" as medidas de apoio nos níveis psicossocial e financeiro. A indenização com base no valor "objetivo" dos animais (ou seja, levando em consideração a categoria e sua produção) deve ser calculada, mas um adiantamento será pago aos criadores "até o final desta semana".
O auxílio habitual de três meses, que compensa perdas temporárias de produção (receita de leite, queijo, etc.) enquanto os agricultores aguardam para recomprar os animais, foi prorrogado por tempo indeterminado, dependendo das restrições relacionadas à epizootia. De fato, restrições à movimentação de animais em áreas afetadas podem impedir os agricultores de recomprar animais imediatamente após o período de desnutrição.
Le Bien Public