Salário do presidente peruano dobrará, apesar das críticas

Após uma decisão do Conselho de Ministros, o salário da presidente peruana Dina Boluarte foi oficialmente dobrado. O aumento tem sido duramente criticado, principalmente devido à sua gestão ineficaz e negligente do país.
Trata-se de uma medida controversa que vem alimentando o debate há vários meses no Peru. Apesar das fortes críticas, o salário mensal da presidente peruana Dina Boluarte aumentará oficialmente de 16.000 para 35.568 sóis peruanos (de aproximadamente 3.870 euros para 8.600 euros), anunciou o Ministro da Economia do país, Raúl Pérez-Reyes, em 2 de julho.
Segundo este último, o aumento de 125% visa alinhar a remuneração presidencial à de outros chefes de Estado sul-americanos, informa o jornal Correo . Fazendo eco à gestão criticada de Dina Boluarte, o jornal dedicou sua primeira página de quinta-feira, 3 de julho, a essa reavaliação: "O preço da incompetência", intitula sem rodeios.
Eduardo Arana, presidente do Conselho de Ministros, desejando defender o líder, destacou que outros funcionários, como juízes, recebem salários "muito mais altos". Citado pelo jornal peruano, ele acrescentou:
Precisamos parar de praticar demagogia. De acordo com a Constituição, o cargo presidencial é a mais alta autoridade hierárquica que possuímos.
O aumento salarial da presidente peruana gerou muita indignação, em parte devido à sua extrema impopularidade no país andino. Desde que assumiu o poder em 2022, sua gestão tem sido duramente criticada, principalmente diante da crescente insegurança.
Dina Boluarte também está envolvida em uma série de casos de corrupção, despesas questionáveis e ausências injustificadas, como aconteceu em dezembro de 2024. Um contexto tenso que lhe rendeu até a proibição de sair do país para comparecer ao funeral do Papa Francisco em abril passado − restrição imposta pelo Parlamento.
O índice de aprovação do líder continuou a cair ao longo dos meses. De acordo com as últimas pesquisas, está atualmente em torno de 2%, um novo recorde histórico.

Fundado pelo empresário Luis Banchero Rossi, o jornal circulou em Lima até o final da década de 1970. Após a queda do regime de Alberto Fujimori em 2000, retomou a circulação normal. É o terceiro jornal mais lido do país.
Atualmente dirigido por Aldo Mariategui, o jornal pertence ao grupo Epensa, da família Agois Banchero. Em formato tabloide, suas 24 páginas são divididas em seções: Política, Local, Economia, Entretenimento, Esportes, Internacional e Opinião. Além disso, também traz suplementos sobre futebol, automóveis e Nuestra Selva (Nossa Selva).
Com uma apresentação clara e moderna, o site oferece acesso aos títulos da versão impressa. É possível consultar a página inicial em formato PDF . As diferentes seções do site estão divididas de acordo com as seguintes localidades: Arequipa, Ayacucho, Chiclayo, Chimbote, Cusco, Huncayo, Huanuco, Lima, Piura, Puno, Tacna e Trujillo.
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