Gaza: Em Paris, mais de 300 pessoas se reuniram para exigir a libertação de membros da tripulação da Handala

Mais de 300 pessoas se reuniram em Paris na noite de terça-feira, 29 de julho, para exigir a libertação da tripulação do Handala, interceptada pelas autoridades israelenses enquanto se dirigia a Gaza com ajuda humanitária, observou um jornalista da AFP.
Embora os dois parlamentares do partido França Insubmissa (LFI) a bordo tenham sido libertados, outros ativistas permanecem detidos em Israel. Vinte e um ativistas pró-palestinos de dez países estavam a bordo do Handala, que foi interceptado no sábado à noite quando se aproximava de Gaza e levado para Israel no domingo.
"Foi como um filme de Hollywood", disse à AFP a deputada rebelde Gabrielle Cathala, que retornou à França na noite de segunda-feira, relembrando o momento em que as forças israelenses abordaram o navio.
"Havia pelo menos quatro ou cinco barcos, cerca de vinte deles, totalmente equipados com grandes rifles de assalto e tesouras de poda", ela descreve.
Oito ativistas permaneceram detidos. Os demais, incluindo Gabrielle Cathala, concordaram em ser expulsos de Israel.
"O governo francês obviamente não está à altura da tarefa", disse ela durante uma coletiva de imprensa no início do comício, pedindo "sanções financeiras, econômicas e diplomáticas reais contra os líderes israelenses".
"Nossa diplomacia está falhando completamente diante do genocídio em curso", acrescentou ela antes de se dirigir aos manifestantes.
Um dos ativistas, o americano Christian Smalls, relatou "violência física" durante sua prisão, enquanto outros descreveram "condições precárias" de detenção, de acordo com a ONG Adalah, que fornece assistência jurídica a ativistas.
"A Adalah enfatizou perante o tribunal que a detenção prolongada de civis, levados à força de águas internacionais para Israel enquanto tentavam romper o bloqueio de Gaza e entregar ajuda humanitária, constitui uma violação flagrante do direito internacional", acrescentou a ONG.
O Madleen, outro barco enviado pela mesma organização, foi interceptado pelos militares israelenses em águas internacionais em junho. Os ativistas, incluindo a cidadã sueca Greta Thunberg, acabaram sendo expulsos por Israel.
BFM TV